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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Força Aérea de Israel conduz voos sobre Gaza para preparar invasão por terra

Bombardeios israelenses em Rafah, na Faixa de Gaza, 14 de outubro de 2023 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

A Força Aérea de Israel está conduzindo voos sobre a Faixa de Gaza sitiada junto de chefes de infantaria para permiti-los ver as áreas potencialmente alvejadas por uma incursão por terra, reportou o jornal Times of Israel.

Diversos comandantes de brigadas e batalhões israelenses foram privilegiados com uma vista aérea em helicópteros de combate, sob cobertura de bombardeios intensos contra áreas civis. A ideia é planejar pontos de entrada e avanço por terra.

Neste sábado (14), as chamadas Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram realizar os últimos preparos para  um “ataque coordenado por mar, ar e terra” contra o pequeno enclave palestino.

O objetivo é “destruir o Hamas”, de acordo com propagandistas da força colonial sionista. Observadores, contudo, alertam para o risco de um genocídio, à medida que autoridades israelenses prometem expulsar os palestinos da área.

Cerca de 2.750 pessoas foram mortas por apenas uma semana de ataques israelenses — um quarto, crianças — além de dez mil feridos. Mil pessoas estão desaparecidas, provavelmente sob os escombros.

Em visita a soldados na frente sul, o chefe do Estado-maior de Israel, Herzi Halevi, destacou neste domingo (15): “Nosso dever é entrar em Gaza e ir a lugares onde o Hamas se prepara, age e realiza lançamentos. Atacá-los em todo lugar, cada comandante, cada agente, destruir a infraestrutura. Em uma palavra: vencer”.

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“Faremos algo grande, para transformar a situação por muito, muito tempo. É uma missão importante, um grande privilégio. Façam com excelência. O Estado de Israel, os residentes do sul — todos depositam sua fé em vocês”, acrescentou.

Em flagrante inverdade, alegou o porta-voz das Forças Armadas: “Agimos de acordo com o direito internacional para causar mínimo de baixas a civis não-envolvidos. Reafirmo isto ao mundo. Essa é a diferença entre nós e nossos inimigos”.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), entretanto, advertiu em nota que os bombardeios israelenses a Gaza levaram a uma “catástrofe humana sem precedentes” no território costeiro.

“Nenhuma gota d’água, nenhum grão de trigo, sequer um litro de combustível pôde entrar na Faixa de Gaza em oito dias”, lamentou Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, à imprensa. “Soem o alarme pois, a partir de hoje, enquanto falo, meus colegas em Gaza não podem mais prover assistência humanitária”.

“De fato, Gaza está sendo estrangulada e parece que a guerra perdeu todo e qualquer vestígio de humanidade”, acrescentou.

Centenas de toneladas de ajuda de vários países continuam retidas no Egito, à espera de salvo-conduto a Gaza, assim como a evacuação de cidadãos estrangeiros via travessia de Rafah. Segundo o Cairo, os ataques deixaram o local inoperável.

O governo dos Estados Unidos disse a seus cidadãos em Gaza que se aproximem da travessia para que possam deixar a área. Washington estima que há 500 a 600 cidadãos binacionais — palestino-americanos — na Faixa de Gaza, dentre uma população de 2.4 milhões de pessoas.

Israel, no entanto, manteve os bombardeios.

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