Hospitais de Gaza têm menos de 24 horas de combustíveis, alerta ONU

O Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou na noite deste domingo (15) que as reservas de combustíveis em todos os hospitais da Faixa de Gaza sitiada devem se esgotar dentro de 24 horas.

Em seu informe diário sobre a situação em Gaza, a agência reiterou que a paralisação de geradores alternativos ameaça milhares de vidas.

Lynn Hastings, coordenadora residente do OCHA, advertiu para ameaça de uma situação desumana sem precedentes na faixa costeira, com o esgotamento iminente de produtos básicos, assim como o colapso de serviços essenciais.

Em comunicado, Hastings reivindicou um imediato cessar-fogo humanitário, ao observar que a água disponibilizada por agências da ONU se esgotará hoje ou amanhã.

“Estimamos que não haverá mais água, senão amanhã, no máximo terça-feira [17]”, insistiu Hastings. “Precisamos que a água seja religada, para que todos os poços sejam abastecidos, ao menos no sul de Gaza. E isso precisa acontecer urgentemente”.

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“Realmente se trata da perda de nossa humanidade, caso a comunidade internacional permita que isso continue. O que vemos é simplesmente desumano”, acrescentou. “O mundo precisa pressionar para que possamos levar socorro às soleiras de Gaza”.

Centenas de toneladas de ajuda de vários países continuam retidas no Egito, à espera de salvo-conduto a Gaza, assim como a evacuação de cidadãos estrangeiros via travessia de Rafah. Segundo o Cairo, os ataques deixaram o local inoperável.

Israel prepara uma invasão por terra, sob o pretexto de “destruir o Hamas”. Observadores, no entanto, alertam para risco de genocídio, à medida que políticos israelenses prometem exterminar os palestinos da área.

Conforme autoridades de Gaza, ao menos 2.750 pessoas foram mortas pelos bombardeios israelenses até então — um quarto, crianças —; outras dez mil ficaram feridas. Mil pessoas continuam desaparecidas, provavelmente sob os escombros.

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