A reação de horror foi imediata. Embora Israel viesse ameaçando hospitais e exigindo a desocupação do norte de Gaza – para provável entrada e – ninguém estava preparado para a notícia da devastadora matança provocada pelo ataque ao Hospital Batista na Faixa de Gaza.
Em reação, dirigentes mundiais se manifestaram, entre eles o presidente Lula, que emitiu uma nota chamando o massacre de tragédia, evitando a palavra terror, que no entanto foi usada a manifestação presidencial se referiu aos ataques do Hamas.
O Conselho de Segurança da ONU adiou em um dia a votação da proposta de texto do governo brasileiro, que preside o Conselho e pediu cessar fogo e acesso dos palestinos à ajuda humanitária. O texto foi vetado pelos Estados Unidos, que atua na guerra contra Gaza junto com Israel.
Algumas manifestações repercutiram na mídia do mundo árabe, especialmente a rede Al Jazeera.
Brasil
Ao mencionar o ataque, Lula afirmou que “Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra”.
Estados Unidos
Enquanto o presidente Biden atribuiu juntamente com Israel a culpa à Jihad Islâmica, o News York Times acusou a manipulação de fotos por Israel publicadas para sustentar sua alegação.
The first public mentions of the hospital strike were around 7:20pm local time. This livestream shows an explosion at about 8pm local time. https://t.co/YqfOA0iDcz
— Aric Toler (@AricToler) October 17, 2023
Palestina
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou reunião que teria com Biden na Jordânia
“Israel ultrapassou “todas as linhas vermelhas”
Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas
Jordânia
O suspendeu o encontro que haveria entre o presidente dos EUA, Biden, e líderes de países árabes
Um “massacre” e um “crime de guerra” sobre o qual não se pode ficar em silêncio.
Rei da Jordânia, Abdullah II
Egito
O presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, cancelou participação em encontro com Joe Biden, dos Estados Unidos, na Jordânia.
“Denunciamos nos termos mais fortes obombardeio deliberado em clara violação do direito internacional. Conclamamos a comunidade internacional a intervir”.
Presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi
Canadá
“As notícias que chegam de Gaza são horríveis e absolutamente inaceitáveis… o direito internacional precisa ser respeitado nesse e em todos os casos. Existem regras para as guerras e não é aceitável atingir um hospital”
Primeiro-ministro canadense Justin Trudeau
China
“A China está chocada e condena veementemente as pesadas baixas causadas pelo ataque a um hospital de Gaza”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Pequim na quarta-feira, acrescentando que o país “pede um cessar-fogo imediato e o fim da guerra”.
União Africana
“Não há palavras para expressar totalmente nossa condenação ao bombardeio de Israel contra um hospital de Gaza hoje, matando centenas de pessoas”,
Moussa Faki Mahamat, chefe da União Africana
União Europeia
“Mais uma vez, civis inocentes pagam o preço mais alto. A responsabilidade por esse crime deve ser claramente estabelecida e os autores devem ser responsabilizados”, escreveu Borrell no X.
Alto Representante da UE para Assuntos Externos e Política de Segurança, Josep Borrell,
França
“Nada pode justificar o ataque a civis. O acesso humanitário à Faixa de Gaza deve ser aberto sem demora”
Presidente francês Emmanuel Macron
Finlândia
“Notícias terríveis sobre o ataque ao Hospital Árabe al-Ahli. Os ataques a civis são repreensíveis. O direito humanitário internacional deve ser respeitado em todas as circunstâncias e suas violações devem ser investigadas”.
Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto
Alemanha
“Estou horrorizado …civis inocentes foram feridos e mortos. É imperativa uma investigação completa”
Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
Indonésia
O ataque “viola claramente o direito humanitário internacional. O Conselho de Segurança da ONU, deve “tomar imediatamente medidas concretas para pôr fim aos ataques e actos de violência em Gaza”
Ministra de Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi
Irã
“As chamas das bombas americano-israelenses, lançadas esta noite sobre as vítimas palestinas feridas no (…) hospital em Gaza, logo consumirão os sionistas”
Presidente do Irã, Ebrahim Raisi
Iraque
Pediu
“resolução imediata e urgente” do Conselho de Segurança da ONU para pôr fim à “agressão”
e decretou três dias de luto pelas vítimas do ataque.
Índia
“Profundamente chocado com a perda de vidas no ataque que se abateu sobre o hospital na noite de terça-feira. … As mortes de civis no conflito em andamento são uma questão de preocupação séria e contínua”, disse ele, acrescentando que os perpetradores “devem ser responsabilizados”.
Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
Catar
“Violação flagrante das disposições do direito internacional… a expansão dos ataques israelenses sobre a Faixa de Gaza para incluir hospitais, escolas e outros centros populacionais é uma escalada perigosa”
Ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani
Rússia
“Qualificamos esse ato criminoso como um crime – como um ato de desumanização”. E duvidando das alegações de Israel: “Por favor, tenham a gentileza de fornecer imagens de satélite, e seria bom se os parceiros americanos fizessem isso”..
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova
Arábia Saudita
“Uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais” “Crime hediondo cometido pelas forças de ocupação israelenses”.
Porta-voz da Arábia Saudita
Liga Árabe
“Que mente diabólica bombardeia intencionalmente um hospital e seus habitantes indefesos? Os mecanismos árabes documentarão esses crimes de guerra e os criminosos não sairão impunes por suas ações”.
Chefe da Liga Árabe Ahmed Aboul Gheit
Turquia
“Atingir um hospital com mulheres, crianças e civis inocentes é o exemplo mais recente dos ataques de Israel desprovidos dos valores humanos mais básicos”
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan
Emirados Árabes Unidos
“Convido toda a humanidade a tomar medidas para acabar com essa brutalidade sem precedentes em Gaza… “Os Emirados Árabes Unidos condenam veementemente o ataque israelense que teve como alvo o Hospital Batista Al-Ahli na Faixa de Gaza”,
Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos
Cruz Vermelha
” Hospitais deveriam ser santuários para preservar a vida humana, e não cenas de morte e destruição”.
Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
Médicos Sem Fronteiras
“A orgaização está chocada …Isso é um massacre”,
Ghassan Abu Sittah, médico da MSF em Gaza
Líbano
O movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, convocou um “dia de fúria” para condenar o ataque ao hospital, culpando Israel pelo que chamou de “massacre” e “crime brutal”.