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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel executou 41 ataques contra saúde de Gaza, reporta OMS

Feridos são transferidos às pressas ao Hospital Shuhada al-Aqsa após Israel bombardear Deir-al Balah, na Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2023 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Israel perpetrou ao menos 41 ataques contra serviços de saúde na Faixa de Gaza sitiada desde 7 de outubro, quando deflagrou seu mais recente massacre ao território costeiro, reportou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira (17).

“Desde 7 de outubro, confirmamos 41 ataques [israelenses] contra instalações de saúde em Gaza”, reiterou Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, à agência Anadolu. “Onze profissionais de saúde foram mortos a serviço, dezesseis foram feridos. À medida que continuam os ataques, os números devem aumentar”.

Ao expressar apreensão sobre a conjuntura em Gaza, Jasarevic disse que hospitais na região trabalham para além de sua capacidade ao tratar os feridos dos massacres.

Segundo Jasarevic, médicos, paramédicos e enfermeiros de Gaza são “extraordinariamente resilientes” e insistem em executar suas funções a despeito dos riscos impostos por Israel”.

No entanto, conforme seu alerta, remédios estão se esgotando. Gaza vive ainda escassez crítica de combustível, essencial para abastecer geradores que permitem a operação dos centros de saúde.

Segundo Jasarevic, é “praticamente impossível” implementar as ordens israelenses para evacuar hospitais no norte de Gaza.

“Pacientes que dependem de suporte, como recém-nascidos nas incubadoras, doentes em quimioterapia, pacientes de diálise em respiradores, mulheres com complicações do parto, todos eles não podem ser transferidos”, insistiu o porta-voz. “Portanto, é preciso que Israel revogue suas diretrizes”.

Outro ponto é a incapacidade de trabalhadores e suprimentos humanitários chegarem a Gaza. Jasarevic estimou que a OMS entregou cerca de 80 toneladas de medicamentos e itens de cirurgia a centros próximos à travessia de Rafah, entre Gaza e Egito.

Jasarevic destacou que sua agência, junto de outras entidades humanitárias associadas à Organização das Nações Unidas (ONU), levaram socorro humanitário urgente à região de fronteira, “na esperança de que cheguem a Gaza”.

Conforme seu relato, negociações estão em curso com diversas partes relevantes para realizar as entregas assistenciais aos palestinos de Gaza.

 

“No fim do dia, o que precisamos fazer é cessar as hostilidades porque apenas isso impedirá maiores perdas de vida”, concluiu o porta-voz.

Israel mantém ataques aéreos brutais contra o território costeiro desde 7 de outubro, em retaliação a uma operação de resistência do movimento Hamas, que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.

Os mortos em Gaza excedem três mil pessoas, segundo autoridades de saúde locais. Estima- se mais de dez mil feridos até então.

Na noite de terça-feira, Israel bombardeou o Hospital Baptista da Cidade de Gaza, matando centenas de pacientes, médicos e pessoas que buscavam abrigo após ordens de evacuação do exército agressor.

Estima-se ao menos 500 mortos no Hospital Baptista. Baixas devem aumentar à medida que corpos são resgatados dos escombros.

LEIA: Israel ataca deliberadamente arredores de hospitais para dificultar tratamento

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