Forças israelenses mataram em média cem crianças todos os dias pelos bombardeios à Faixa de Gaza sitiada desde 7 de outubro, confirmou o Observatório Euromediterrâneo de Direitos Humanos, em relatório divulgado nesta terça-feira (17).
A organização identificou ao menos 1.046 crianças mortas até 16 de outubro — ainda antes do bombardeio israelense ao Hospital Baptista al-Ahli, na Cidade de Gaza, cuja mortalidade excede 500 vítimas.
Estima-se que 167 crianças permanecem presas sob os escombros das áreas residenciais destruídas pelos ininterruptos ataques israelenses.
Segundo o relatório, o bombardeio deixou 3.250 crianças feridas, incluindo 1.240 cujos traumas demandam tratamento médico especializado.
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“Sofrem o amargor da dor, do luto e da gravidade de seus ferimentos, como resultado dos intensos ataques de Israel contra bairros residenciais e bairros civis, em flagrante violação das normas de proteção à infância sob o direito humanitário internacional”, alertou a ong.
O grupo de direitos humanos reiterou que as crianças de Gaza são alvejadas gravemente desde o início do mais recente “assassinato em massa” perpetrado no território costeiro contra a população palestina.
“Crianças que sobreviveram às chacinas, perderam um ou ambos os pais, ou suas casas foram destruídas ou danificadas, ou foram forçadas a migrar junto de suas famílias para escapar dos ataques israelenses, ou temem os alertas de evacuação à força”, explicou o documento.
A organização observou ainda que há centenas de registros de vídeo e imagem que mostram “menores com traumas cranianos e estilhaços penetrando seus corações, devido a destroços dos edifícios residenciais que caíram sobre as cabeças dos moradores, esmagando corpos de centenas de crianças pequenas”.
Segundo o alerta, uma proporção aterradora das crianças de Gaza sofreu queimaduras graves, ferimentos de estilhaços e mesmo amputações, além do impacto psicológico e deslocamento à força devido à campanha terrorista perpetrada por Israel.
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