Os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza sitiada podem causar riscos de larga escala ao abastecimento de energia, incluindo aumento nos preços de petróleo e derivados, destacou Larry Elliott, editor de economia do jornal britânico The Guardian.
Conforme seu artigo, uma das regras de ouro da geopolítica é que recessões são deflagradas por um salto no preço do petróleo, de modo que o custo do petróleo cru continua sensível a eventos no Oriente Médio.
Para Elliot, há três cenários possíveis:
Primeiro, a contenção da guerra a um ataque da infantaria israelense contra a Faixa de Gaza. Nessas circunstâncias, os preços do petróleo, conforme o cálculo, devem estabilizar no nível atual de US$93 por barril; então, voltar a cair. Para o The Guardian, é a melhor hipótese em termos econômicos globais.
Segundo, confronto regional, a começar pela fronteira norte com as forças do Hezbollah no Líbano, eventualmente chegando ao Irã, de modo que o envio de porta-aviões dos Estados Unidos ao Mediterrâneo Oriental sugerem contingências neste sentido.
Ao destacar a posição de Teerã, Nicholas Farr, economista da Capital Economics, comentou: “O Hezbollah, com apoio iraniano, trocou mísseis com Israel, o que abre possivelmente um novo front ao conflito. Caso o Irã seja levado à guerra, isso criaria riscos globais ao afetar o suprimento de energia e elevar os preços do petróleo, assim como gás natural”.
O terceiro cenário, segundo o artigo, foi projetado pelo historiador Niall Ferguson, segundo o qual a China pode assumir a crise como janela a um bloqueio sobre Taiwan, ao converter, eventualmente, uma crise regional na “Terceira Guerra Mundial”.
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