O ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, reivindicou ontem (18) que países árabes, islâmicos e outros imponham um embargo de petróleo a Israel por seus bombardeios a Gaza, além de expulsar embaixadores israelenses das capitais.
“Pedimos aos povos de consciência, assim como países árabes e islâmicos, que assumam medidas práticas contra o genocídio em Gaza”, observou o chanceler. “Exigimos que seja instaurado um embargo de petróleo a Israel e que seus embaixadores sejam expulsos de países que mantêm relações com a entidade ocupante”.
“Além disso, pedimos que se forme uma equipe legal para documentar os crimes de guerra conduzidos por Israel em Gaza, para fornecer os alicerces ao julgamento do regime colonial nas cortes internacionais”, acrescentou Amir-Abdollahian.
Seu apelo serve de resposta a um bombardeio israelense ao Hospital Baptista al-Ahli, na Cidade de Gaza, que deixou mais de 500 mortos entre pacientes, médicos e pessoas que buscavam abrigo dos ataques, além de centenas de feridos.
Mercados de petróleo já vivenciam aumento nos preços diante da escalada de tensões no Oriente Médio. Economistas expressam preocupação sobre uma nova carestia do petróleo cru. Larry Elliott, editor de economia do jornal britânico The Guardian, aventou chances do Irã entrar na guerra.
Gaza vive bombardeios ininterruptos há quase duas semanas. Cerca de quatro mil pessoas morreram, muitas continuam desaparecidas sob os escombros. Os ataques israelenses são denunciados como punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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