Jamila al-Shanti, primeira mulher a integrar o gabinete político do movimento de resistência palestina Hamas, foi morta em sua residência por um bombardeio israelense a seu bairro na Cidade de Gaza, na madrugada desta quinta-feira (19).
Al-Shanti tinha 68 anos e foi fundadora do movimento de mulheres do Hamas. Al-Shanti era doutora em gestão educacional, graduada nos Emirados Árabes Unidos em 2013.
Em 2006, foi eleita ao Conselho Legislativo da Palestina pelo bloco Reforma e Mudança, encabeçado pelo partido Hamas.]
Em 2013, foi nomeada ministra das Mulheres do governo em Gaza.
Al-Shanti ganhou notoriedade em 3 de novembro de 2006, quando realizou uma marcha de mulheres que conseguiu romper o cerco da ocupação israelense a uma mesquita na cidade de Beit Hanoun, no norte de Gaza.
Três dias depois, aviões de guerra israelense bombardearam sua casa, matando sua cunhada, Nahla al-Shanti, e outras duas pessoas.
Al-Shanti era também viúva de Abdel Aziz al-Rantisi, cofundador do Hamas.
Gaza vive bombardeios ininterruptos há quase duas semanas. Cerca de quatro mil pessoas morreram, muitas continuam desaparecidas sob os escombros. Os ataques israelenses são denunciados como punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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