O presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sisi, e o rei da Jordânia, Abdullah II, alertaram nesta quinta-feira (19) que o fracasso em interromper a agressão de Israel contra a Faixa de Gaza sitiada “mergulhará toda a região em uma catástrofe”.
Após extensa discussão bilateral, na cidade do Cairo, ambos reiteraram sua “posição unívoca em rechaçar a política de punição coletiva via cerco, fome e deslocamento dos palestinos de Gaza”.
“Qualquer tentativa de deslocar os palestinos à força para Egito ou Jordânia é rechaçada”, afirmou o comunicado. “Temos urgência em encerrar a guerra contra Gaza, proteger seus civis, suspender o cerco e entregar socorro humanitário à população local”.
Gaza sofre bombardeios ininterruptos perpetrados por Israel desde 7 de outubro, além de uma escalada no cerco militar, em retaliação a uma operação de resistência do movimento Hamas que cruzou a fronteira e capturou soldados e colonos.
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A campanha de resistência culminou de meses de violações israelenses em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco contra Gaza.
Sob cerco, o território vive uma crise humanitária severa — sem eletricidade, água, comida, combustível ou medicamentos. Ao promover os esforços de punição coletiva, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reivindicou um “imediato cessar-fogo humanitário” para mitigar o “épico sofrimento humano” da população.
Ao menos 4.137 palestinos foram mortos até então, incluindo 1.524 crianças e mil mulheres, além de aproximadamente dez mil feridos.