O movimento de resistência Hamas reivindicou a abertura permanente da travessia de Rafah, entre a Faixa de Gaza e Egito, para transferir feridos dos massacres israelenses e permitir a entrada de assistência humanitária ao território costeiro.
Segundo a proposta, as operações serão monitoradas pela Organização das Nações Unidas (ONU), pela Agência da ONU para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) e pela sociedade do Crescente Vermelho da Palestina.
Em nota emitida nesta sexta-feira (20), comentou o Hamas: “Sobre negociações para a entrada de 20 caminhões assistenciais ao sul de Gaza, e contatos e ações relacionados, reiteramos que Gaza precisa de quantidades muito maiores de suprimentos médicos e alimentares”.
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O grupo explicou que cerca de 500 caminhões costumavam entrar em Gaza diariamente, devido ao cerco imposto a 17 anos, ainda insuficientes para suprir as demandas. Tel Aviv, porém, reforçou o cerco neste mês, ao negar qualquer entrada de insumos até então.
Ao defender o sítio absoluto a Gaza, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos no território mediterrâneo como “animais”. A medida equivale a punição coletiva e crime de guerra.
Segundo o Hamas, distribuir socorre ao sul de Gaza é somente um primeiro passo, ao passo que as forças ocupantes mantêm sua pressão sobre os palestinos para serem transferidos à força rumo ao sul, sob bombardeios devastadores.
O objetivo declarado de Israel é expulsar os palestinos de Gaza ao deserto do Sinai, como parte de esforços de anexação ilegal de terras, colonização e limpeza étnica.
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