Um total de 83 palestinos foram mortos por soldados e colonos israelenses na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro, reportou o Ministério da Saúde do governo local, conforme reportagem da agência de notícias Anadolu.
As vítimas mais recentes são dois meninos palestinos: Suhaib Iyad Muhammad al-Sous, de apenas 15 anos de idade, da aldeia de Beitunia, e Uday Fawaz Mansour, de apenas 17 anos, da aldeia de Huwara.
Em nota, a Sociedade do Crescente Vermelho afirmou que suas equipes “lidaram nesta sexta-feira [20] com dezenas de baixas em confrontações com o exército israelense em diversas províncias da Cisjordânia, com 24 feridos por munição real”.
A Cisjordânia vive uma escalada de tensões entre palestinos nativos e soldados e colonos da ocupação, coincidindo com a deterioração das condições em Gaza.
Os bombardeios a Gaza, assim como o cerco absoluto a seus 2.4 milhões de habitantes, começaram em 7 de outubro, como retaliação a uma operação de resistência do grupo Hamas, que pegou de surpresa as forças israelenses ao cruzar a fronteira.
A campanha de resistência decorreu de meses de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar à Faixa de Gaza.
Gaza vive uma severa crise humanitária — sem energia elétrica, água, comida, combustível ou suprimentos médicos. Ao promover o cerco, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.
Ao menos 4.137 pessoas foram mortas pelos bombardeios de Israel. Milhares estão desaparecidas sob os escombros.
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