Durante a última agressão de Israel a Gaza, os ministros israelenses continuaram a espalhar a mentira de que o enclave sitiado não está ocupado. O objetivo dessa desinformação é desumanizar ainda mais os palestinos e justificar a violência mortal contra 2,2 milhões de pessoas, metade delas crianças.
“Olhe para essas pessoas, nós lhes demos liberdade e elas nos recompensam com violência, ódio e terror”, é o que dizem as autoridades israelenses. “Em vez de transformar Gaza na Cingapura do Oriente Médio, eles a transformaram em uma plataforma de lançamento para o terrorismo.”
Essa é a mentira que Israel quer que o mundo aceite.
De acordo com o Plano de Desengajamento Israelense de 2005, Israel mantém autoridade absoluta sobre o espaço aéreo, o território e o mar de Gaza. A chave aqui é quem tem o controle efetivo? Israel passa no teste de controle efetivo? Sim, passa.
Israel está manifestamente exercendo controle sobre Gaza por ar, terra e mar.
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Os próprios israelenses desmentiram essa afirmação da maneira mais clara. Quando o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, ordenou um “cerco completo” a Gaza e interrompeu o fornecimento de eletricidade, alimentos, água e combustível, foi uma admissão explícita de controle efetivo.
Qualquer pessoa interessada na verdade deve se perguntar: se Israel não ocupa Gaza, por que mantém o poder de matar de fome e reter necessidades básicas? Israel quer que o mundo acredite no mito de que “deu liberdade a Gaza”.
A ausência de tropas não significa o fim da dominação e do controle quando se tem o poder de cortar as linhas básicas de vida de um povo, controlar sua fronteira e seu sistema bancário.
Se Israel não ocupa Gaza, por que pode desligar as luzes com um simples toque de interruptor? Impedir a exportação de seus produtos? E controlar o que pode entrar na Faixa? A verdade é óbvia. E a mídia deve parar de permitir que Israel venda essa mentira mortal.
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