Premiê do governo iemenita houthi reivindica mísseis disparados a Israel

Abdulaziz bin Habtoor, primeiro-ministro do chamado Governo de Salvação Nacional do Iêmen, sob administração dos rebeldes houthis na capital Sanaa, reivindicou crédito por mísseis e drones lançados a Israel, interceptados por barcos dos Estados Unidos no Mar Vermelho, ao alegar que alguns dos projéteis atingiram seus alvos.

Habtoor declarou neste domingo (22): “Os americanos interceptaram mísseis e drones disparados aos territórios ocupados. De fato, conseguiram abater alguns deles; outros, porém, atingiram seus alvos”.

“Sanaa contribuiu e continuará a contribuir com toda sua capacidade para reagir aos massacres a Gaza”, advertiu o premiê. “Barcos sionistas serão alvo no Mar Vermelho”.

Na quinta-feira (19), o Pentágono informou que projéteis foram “potencialmente” lançados em direção a Israel, cuja rota foi interrompida por mísseis teleguiados de seu destróier USS Carney, estacionado no norte do Mar Vermelho.

Segundo Patrick Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, três mísseis de cruzeiro lançados por terra e diversos drones foram abatidos após partirem do Iêmen.

“Não podemos dizer com certeza quais eram os alvos, mas foram lançados do Iêmen, rumo ao norte, através do Mar Vermelho, potencialmente em direção a Israel”, alegou Ryder, sem fornecer detalhes.

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Na sexta-feira (20), o porta-voz militar israelense Daniel Hagari declarou prontidão para repelir ataques do grupo houthi — ligado ao Irã — “em números não vistos há décadas”.

“Israel tem uma das melhores defesas aéreas do mundo e está preparado para ameaças como essa”, acrescentou Hagari.

Também na sexta-feira, a rede Bloomberg afirmou que os houthis têm em seu arsenal “um míssil de propulsão líquida conhecido como Toufan, com alcance entre 1.350 e 1.950 km, o bastante para atingir Israel de uma longa distância”.

Ehud Yaari, comentarista da televisão israelense, também preconizou ameaças oriundas do Iêmen, contra embarcações da ocupação ativas na zona estratégica de Bab El-Mandeb, em caso de invasão por terra à Faixa de Gaza.

Em discurso realizado em 10 de outubro, Sayyid Abdulmalik al-Houthi, líder do grupo rebelde iemenita, celebrou a operação de resistência do grupo Hamas. “Estamos em coordenação plena com o eixo de resistência para fazer tudo que podemos”.

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“Nossa coordenação assume limites intransponíveis e níveis de relevância, incluindo chances de uma intervenção direta dos Estados Unidos, de modo que estamos prontos para cooperar mesmo diante de mísseis, drones e outras alternativas militares”.

“O povo iemenita se apresenta para cumprir seu dever sagrado para com o povo palestino e seus heróicos combatentes da liberdade, ao participar de grandes manifestações e marchas neste sentido”, concluiu al-Houthi.

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