Forças israelenses prenderam 50 palestinos durante incursões militares na madrugada desta terça-feira (24) na Cisjordânia ocupada, elevando o número de detidos desde 7 de outubro a 1.265 reféns, reportou o Clube dos Prisioneiros Palestinos — ong que monitora direitos civis nos territórios ocupados.
Além de campanhas de prisão em massa, Israel impôs duras restrições e penalidades aos palestinos já em custódia, como parte de esforços de punição coletiva e retaliação a uma ação de resistência que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.
“Penas foram impostas aos prisioneiros como vingança e tortura desde o início da escalada em 7 de outubro”, advertiu a Comissão de Assuntos dos Prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), bloco nacional hegemônico na Autoridade Palestina.
Segundo a denúncia, agentes penitenciários “confiscaram chaleiras e aparelhos eletrônicos, como televisões”, além de privar os prisioneiros de “refeições quentes e cortar seu acesso à energia elétrica das 6h00 da manhã às 18h00”.
Carcereiros permitem aos prisioneiros apenas 20 minutos por dia, quando muito, de banho de sol. “Todos os equipamentos esportivos foram destruídos, a água quente foi cortada em todas as seções”, prosseguiu o alerta.
Segundo a comissão, autoridades israelenses fecharam a cozinha e fornecem agora “apenas duas refeições modestas” aos prisioneiros, além de conduzir revistas arbitrárias e periódicas em âmbito diário.
O número de presos por cela também aumentou: celas com capacidade de cinco pessoas estão abrigando nove indivíduos.
Presos que cumpriram sua pena foram postos em detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação, por tempo indeterminado.
Analistas acreditam que a campanha de prisão e repressão contra presos políticos serve para pressionar por uma troca de prisioneiros favorável, caso negociada. Há hoje cerca de seis mil palestinos nas cadeias da ocupação, incluindo centenas de mulheres e crianças.
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