Os Estados Unidos expandiram suas remessas militares a todo Oriente Médio em apoio ao massacre perpetrado por Israel contra a Faixa de Gaza, apesar de historiadores advertirem para a execução de um “caso clássico de genocídio” no território sitiado.
O alerta do historiador israelense Raz Segal foi publicado pela rede Jewish Currents.
Informações de livre acesso compiladas pelo jornal israelense Haaretz corroboram que cerca de 80 aeronaves militares dos Estados Unidos e dezenas de aviões fretados estão carregando armas de grande porte a Israel e Chipre. Somente no domingo (22), sessenta duas aeronaves de transporte americanas e israelenses pousaram no Estado ocupante.
Esquadrões de combatentes e forças especiais estão aguardando na Jordânia. Ao menos 20 aeronaves descarregaram remessas armamentistas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em bases britânicas no território cipriota.
Grupos de direitos humanos acusam Washington de se apressar em reabastecer Israel à medida que armamentos proscritos são lançados a civis. Conforme o alerta, o objetivo é garantir a dominância militar israelense sobre o povo palestino.
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Especialistas advertem ainda que o altíssimo fluxo de armas estrangeiras impõe risco de ainda maior escalada na região.
Desde o início dos bombardeios israelenses a Gaza, mais de 30 aeronaves de grande porte dos Estados Unidos chegaram ao Estado de apartheid — muitas, com armamentos. Outras levaram oficiais, como o Secretário de Estado Antony Blinken, e veículos blindados.
Aviões militares de Israel e Estados Unidos também mantêm voos de ida e volta à Europa — provavelmente, segundo analistas, para coletar mais armamentos e munição.
Um grupo de assalto está posicionado perto do Chipre, com mísseis de cruzeiro apontados a toda a região. De acordo com o Pentágono, seus sistemas de defesa antimísseis estão ativos. Um segundo grupo de porta-aviões deve chegar ao Mediterrâneo em breve.
Analistas reafirmam que a expansão das atividades militares americanas avaliza os ataques indiscriminados de Israel contra áreas civis — que configuram crime de guerra, genocídio e punição coletiva. O apoio contínuo e incondicional contradiz apelos a um cessar-fogo.
Observadores reiteram ainda que o fluxo incessante de armamentos a Israel, à medida que continuam a cair sobre os palestinos de Gaza, é contraproducente, ao alimentar sucessivos ciclos de violência.
Com dois grupos de porta-aviões na região, há receios de uma deflagração bélica transnacional.
O envio de armas em escala recorde agravou ainda mais o desequilíbrio de recursos e poderes, ao permitir a Israel que aja com impunidade, dizem analistas. Enquanto o sistema de saúde de Gaza entra em colapso, o Estado ocupante desfruta de suprimentos ilimitados de seu padrinho imperial.
Historiadores, jornalistas, ativistas, especialistas, entre outros, pedem maior escrutínio sobre as ações americanas, ao questionar: servem à segurança regional ou somente aos interesses de Israel? Platitudes sobre “moderação” e “autodefesa” são vazias de sentido aos palestinos sob bombardeios, explicam, à medida que a Casa Branca mantém apoio massivo não apenas ao arsenal israelense, como a sua propaganda de guerra em favor do genocídio.
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