Um grupo de mães na cidade de Haia, na Holanda, realizou uma “marcha silenciosa” pelas crianças mortas pelos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza sitiada.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
As mães carregaram lanternas, velas e cartazes com os dizeres “Basta de genocídio” e “Basta de assassinar crianças”. Durante uma leitura do nome das vítimas em Gaza, muitas das mães se emocionaram.
“As crianças de Gaza jamais mereciam isso”,
comentou a porta-voz do grupo, Sophie de Reuver, à agência Anadolu, ao reforçar que o protesto tem como intuito conscientizar o público sob a situação crítica no território palestino.
“Queremos que Israel dê fim a seus ataques a Gaza”, acrescentou.
Willemijn van Woensel manifestou profunda tristeza pelas imagens de crianças mortas em Gaza. Ao reiterar o direito ao Estado palestino como melhor resolução à crise, afirmou van Woensel:
“Não consigo entender como a comunidade internacional jamais encontrou uma solução para este conflito”.
O massacre em curso na Faixa de Gaza é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, ação de resistência do grupo Hamas que cruzou a fronteira por terra e capturou colonos e soldados, em 7 de outubro deste ano.
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A ação decorreu de recordes de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza. Os ataques israelenses desde então equivalem a punição coletiva, genocídio e crime de guerra.
Ao promover o cerco absoluto aos 2.4 milhões de palestinos em Gaza — sem luz, sem água, sem comida —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, os descreveu como “animais”.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ecoou apelos a um “cessar-fogo imediato para fins humanitários”, a fim de atenuar o “épico sofrimento humano”.
Ao menos 5.791 pessoas — dentre as quais, mais de duas mil crianças — foram mortas por Israel até então, além de mais de 15 mil feridos. Outros milhares continuam desaparecidos — provavelmente mortos — sob os escombros.
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