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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Sem combustível, catástrofe em Gaza torna hospitais em cemitérios, alerta Cruz Vermelha

Posto de gasolina sem combustível devido ao cerco militar israelense em Rafah, na Faixa de Gaza, em 25 de outubro de 2023 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu via Getty Images]

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho advertiu para uma “catástrofe” na Faixa de Gaza sitiada, à medida que a falta de bens combustíveis torna pouco a pouco os hospitais em cemitérios.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“A situação humanitária em Gaza é mais do que catastrófica, após 12 hospitais e 32 centros de saúde deixarem de operar devido a falta de combustíveis ou bombardeios”, alertou Mey Sayegh, chefe de comunicações da entidade, nesta sexta-feira (27).

Sayegh reiterou que a quantidade de socorro que entrou em Gaza desde o fim de semana passado, quando Israel permitiu a passagem de três comboios, não supriu sequer 4% das demandas da população carente.

“Gaza não tem água potável ou eletricidade há três semanas, cada palestino recebe por dia uma média de um a três litros de água, muito distante da média de 15 litros estimada pelas Nações Unidas para cada indivíduo em tempos de catástrofe”, acrescentou.

Sayegh advertiu ainda que a falta de combustível em Gaza afeta a segurança hídrica da população, culminando no risco de epidemias, com impacto ainda maior às operações humanitárias do território costeiro.

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“Nós, como federação composta por 191 sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em todo o mundo, insistimos desde o começo do conflito na necessidade de permitir a entrada de combustível em Gaza”, recordou Sayegh.

Seu apelo também abarcou a proteção a civis que entregam ajuda humanitária, após quatro funcionários do Crescente Vermelho serem mortos a serviço.

O massacre em curso na Faixa de Gaza é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, ação de resistência do grupo Hamas que cruzou a fronteira por terra e capturou colonos e soldados, em 7 de outubro deste ano.

A ação decorreu de recordes de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza. Os ataques israelenses desde então equivalem a punição coletiva, genocídio e crime de guerra.

Ao promover o cerco absoluto a Gaza — sem luz, sem água, sem comida —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.

Ao menos 7.326 pessoas — dentre as quais, quase três mil crianças — foram mortas por Israel até então, além de mais de 18 mil feridos. Outros milhares estão desaparecidos — provavelmente mortos — sob os escombros.

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