Centenas de pacientes e famílias deslocadas abrigadas no Hospital Al-Quds, em Gaza, foram feridos por bombardeios israelenses nos arredores imediatos do centro médico, na noite de domingo (29), reportou o Crescente Vermelho da Palestina.
“Recebemos ameaças com vocabulário hostil por parte do exército da ocupação israelense, para que evacuemos o Hospital Al-Quds para que seja bombardeado”, explicou a entidade.
“Relatos de ameaças para evacuar o Hospital Al-Quds, na Faixa de Gaza, trazem enorme preocupação”, comentou a Organização Mundial da Saúde (OMS). “É impossível evacuar hospitais repletos de pacientes sem pôr em risco suas vidas”.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, reiterou que os hospitais de Gaza estão superlotados de pacientes e que há demanda urgente de suprimentos médicos.
“Serviços de saúde devem ser sempre protegidos conforme a lei humanitária internacional”, destacou Adhanom. “É preciso um cessar-fogo imediato por razões humanitárias, ao deferir proteção a instalações de saúde e trabalhadores humanitários”.
As famílias em Gaza não estão seguras, reiterou Adhanom. “A tensão nas últimas duas noites é palpável devido aos ataques aéreos, sem combustível, água, energia elétrica, comunicação ou sequer abrigo seguro”.
Nos últimos 23 dias, Israel matou ao menos 8.005 palestinos, incluindo 3.324 crianças, em seu genocídio em curso, por meio de bombardeios indiscriminados, contra a Faixa de Gaza.
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