O Governo boliviano anunciou esta terça-feira (31) que decidiu romper relações com o Estado de Israel, considerando que estão a ser cometidos crimes de guerra na Faixa de Gaza contra o povo palestino.
“A Bolívia decidiu romper relações diplomáticas com o Estado de Israel, tendo em conta este contexto, vamos comunicar oficialmente através dos canais diplomáticos estabelecidos entre os dois países precisamente esta comunicação consistente com os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas”,
disse o vice-chanceler Freddy Mamani.
“No quadro da sua posição de princípio de respeito pela vida, enviamos esta comunicação oficial ao Estado de Israel, onde damos a conhecer a nossa decisão como Estado Plurinacional da Bolívia de romper relações diplomáticas com Israel”, confirmou o Ministro da Presidência, María Nela. Prada.
A decisão é tomada depois do Presidente Luis Arce com o Embaixador da Palestina e, além disso, num contexto em que Evo Morales criticou a posição do Governo e exigiu o rompimento das relações com Israel.
LEIA: Quantos caminhões seriam necessários para transportar 3.300 caixões de crianças?
As autoridades explicaram que a Bolívia toma esta decisão “em repúdio e condenação da ofensiva militar israelense agressiva e desproporcional levada a cabo na Faixa de Gaza e da ameaça à paz e segurança internacionais”.
Exigiram também o fim dos ataques na Faixa de Gaza, que causaram milhares de vítimas civis e o deslocamento forçado de palestinos, bem como o fim do bloqueio que impede a entrada de alimentos, água e outros elementos essenciais à vida.
Noutras decisões, o Governo decidiu levar ajuda humanitária aos afectados na Faixa de Gaza, porque atravessam uma grave crise sanitária que ameaça a vida de milhares de pessoas.
LEIA: Federação Árabe Palestina do Brasil reivindica rompimento de relações com Israel
Publicado originalmente em Desacato