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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

OMS alerta para catástrofe sanitária em Gaza, sob bombardeios de Israel

Palestinos choram por seus familiares mortos pelos bombardeios israelenses no Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 31 de outubro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu via Getty Images]

Uma “catástrofe de saúde pública” é iminente em Gaza, advertiu nesta terça-feira (31) a Organização Mundial da Saúde (OMS), sob superlotação de hospitais, deslocamento em massa e danos à infraestrutura hídrica e sanitária causados pelos bombardeios de Israel.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, alertou para o risco de mortes civis para além da ofensiva militar — isto é, por epidemias, desnutrição, desidratação e outros.

“Uma catástrofe de saúde pública se avizinha”, observou Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, à agência de notícias Reuters, ao alertar para o risco de mortes para além das baixas diretamente ligadas à ofensiva militar.

Autoridades de saúde de Gaza estimam ao menos 8.300 palestinos mortos desde 7 de outubro, quando Israel deu início a seu mais recente massacre.

No fim de semana, o exército israelense lançou sua ofensiva por terra, ao cortar a comunicação entre o mundo externo e o território sitiado.

Ao promover a campanha, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou a retórica desumanizante de seu gabinete e suas Forças Armadas, ao declarar uma “guerra santa” contra as “crianças das trevas”.

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Questionado sobre mortes oriundas de complicações para além dos bombardeios, respondeu Lindmeier: “Certamente há”.

James Elder, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), destacou a ameaça de um aumento drástico na mortalidade infantil devido a desidratação, sob um influxo de água de apenas 5% do volume normal.

“A morte de crianças devido à desidratação, sobretudo bebês, é uma ameaça crescente”, observou Elder, ao observar que muitas crianças palestinas já estão adoecendo devido à falta de opções para matar a sede, ao beber água salgada ou poluída.

Cerca de 940 crianças permanecem desaparecidas em Gaza, recordou o porta-voz, muitas delas sob os escombros. Outras milhares sofrem de trauma, como a filha de um colega da Unicef que começou a arrancar os cabelos e ferir as pernas devido ao estresse.

O Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) confirmou nesta manhã que o fornecimento de água no sul da Faixa de Gaza foi suspenso nesta segunda-feira (30) “por razões desconhecidas” — provavelmente bombardeios de Israel.

Centenas de milhares de pessoas fugiram ao sul do território mediterrâneo justamente sob ameaças de ataques israelenses a suas comunidades, na região norte. Estima-se 1.1 milhão de deslocados, ainda sob bombardeios.

Lindmeier ecoou apelos para que combustível possa entrar em Gaza para permitir que a usina de dessalinização local volte a operar, entre outras instalações de serviços básicos, como geradores dos hospitais.

As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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