Residentes de Gaza apelam a água do mar para banhar-se e lavar roupas

Palestinos de Gaza são forçados a recorrer à água do mar para se banhar e lavar roupas devido ao cerco absoluto e aos bombardeios israelenses contra a infraestrutura civil da região costeira, reportou a rede Euro News.

Trata-se de consequência direta dos cortes de eletricidade e água impostos pelas autoridades ocupantes ao território palestino.

Segundo a agência de notícias Reuters, alguns residentes passaram a cavar poços em áreas adjacentes ao Mediterrâneo ou foram forçados a recorrer ao único aquífero de Gaza, cujos insumos estão contaminados por água do mar, produtos químicos e esgoto.

À medida que se intensificam os ataques aéreos, ecoados por uma invasão por terra e corte na comunicação com o mundo externo, o desespero entre os palestinos de Gaza é palpável. A água está se esgotando, o lixo se acumula nas ruas, explosões destroem casas e hospitais lutam contra a superlotação e a escassez de recursos.

Mesmo antes do massacre em curso, em torno de 90% da água em Gaza não era adequada ao consumo devido aos 17 anos de cerco militar israelense. Mesmo os 10% remanescentes costumam se misturar nos encanamentos com recursos de baixa qualidade, recomendados apenas para lavagem.

No fim de semana, o exército israelense intensificou sua ofensiva desde 7 de outubro.

Ao promover a escalada, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, reforçou a retórica desumanizante de seu gabinete e suas Forças Armadas, ao declarar uma “guerra santa” contra as “crianças das trevas”.

As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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