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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Chile e Colômbia pressionam pelo fim de massacre a Gaza

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em Bogotá, em 29 de outubro de 2023 [Chepa Beltran/Universal Images Group via Getty Images]

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou na rede social X (Twitter) a convocação de sua embaixadora em Israel, Margarita Manjarrez, nesta terça-feira (31), ao enfatizar: “Se Israel não der fim ao massacre do povo palestino, não poderemos estar lá”.

Petro esteve entre os primeiros líderes a condenar os ataques israelenses a Gaza como genocídio perpetrado contra o povo palestino. Desde 7 de outubro, o líder colombiano mostra coerente defesa dos direitos humanos em nome da causa palestina e repudia as ações de Israel, ao compará-las com práticas de extermínio do nazismo.

“Agora, os neonazis querem a destruição do povo palestino, sua cultura e sua liberdade”, escreveu no Twitter.

Seus comentários foram recebidos com ira pelo regime israelense. Lior Haiat, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, convocou Manjarrez para uma reprimenda ao descrever o presidente colombiano como “hostil e antissemita”.

Petro não se intimidou: “Se tivermos que suspender relações com Israel, assim o faríamos. Aqui não toleramos genocídio”.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, também anunciou a convocação de seu embaixador a Israel, Jorge Carvajal, devido à situação em Gaza.

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“Diante das inaceitáveis violações do direito humanitário internacional cometidas por Israel na Faixa de Gaza, nós, como governo do Chile, decidimos convocar a consulta em Santiago o embaixador em Israel, Jorge Carvajal”, confirmou Boric nas redes sociais.

“O Chile condena veementemente e observa com enorme apreensão que as ditas operações militares, que a esta altura comportam punição coletiva à população palestina de Gaza, não respeitam normas fundamentais dos direitos internacionais, como se demonstra pelas mais de oito mil vítimas civis, em sua maioria mulheres e crianças”, acrescentou.

A Bolívia se tornou o primeiro país da América Latina a romper relações com Israel na conjuntura atual, à medida que a pressão toma forma sobre os governos progressistas estabelecidos na região.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a reconhecer os acontecimentos em Gaza como “genocídio”. No entanto, sem ações efetivas.

Gaza está sob bombardeios israelenses desde 7 de outubro, em retaliação a uma operação de resistência do movimento Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.

Os bombardeios israelenses deixaram ao menos 8.648 mortos até então — dentre os quais, 3.542 crianças e 2.187 mulheres — além de milhares de desaparecidos sob os escombros e quase 20 mil feridos. Trata-se de genocídio, punição coletiva e crime de guerra.

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