O Egito “condenou veementemente a agressão desumana de Israel” que destruiu todo um quarteirão residencial no campo de refugiados de Jabaliya, no norte de Gaza, deixando ao menos 400 feridos e mais de cem mortos.
As informações são da rede de notícias Quds Press.
O Ministério de Relações Exteriores do Egito descreveu o bombardeio como “flagrante violação da lei internacional” e alertou para “consequências graves da continuidade de ataques indiscriminados contra civis indefesos em locais de abrigo e nos arredores dos centros médicos e hospitais”.
Muitos civis expulsos de suas casas — incluindo aqueles que seguiram as ordens israelenses para deixar o norte de Gaza rumo ao sul — buscaram refúgio nos hospitais, além de escolas, igrejas e mesquitas. Contudo, permanecem sob bombardeios.
A chancelaria no Cairo pediu à comunidade internacional que “condene categoricamente” tais ataques e pressionem pelo cessar-fogo, ao assumir sua responsabilidade de conceder proteção devido à população civil da Faixa de Gaza.
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“Há urgência de unir todos os esforços internacionais para garantir acesso seguro, pleno e sustentável de assistência humanitária, para aliviar o fardo da catástrofe humanitária que aflige o povo palestino em Gaza”, reafirmou a pasta.
Gaza está sob bombardeios israelenses desde 7 de outubro, em retaliação a uma operação de resistência do movimento Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.
Os bombardeios israelenses deixaram ao menos 8.648 mortos até então — dentre os quais, 3.542 crianças e 2.187 mulheres — além de milhares de desaparecidos sob os escombros e quase 20 mil feridos. Trata-se de genocídio, punição coletiva e crime de guerra.
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