Forças israelenses cortam oliveiras e apreendem terras na Cisjordânia

Na manhã desta quarta-feira (1°), forças israelenses arracaram ao menos 12 oliveiras para aplainar terras agrárias palestinas na aldeia de Farkha, a sudoeste de Salfit, na Cisjordânia ocupada, a fim de construir uma estrada de uso exclusivo a colonos ilegais.

Segundo a agência Wafa, as terras pertenciam ao residente palestino Suleiman Rizkallah.

Mustafa Hammad, chefe do conselho comunitário de Farkha, reportou tratores estacionados no posto avançado colonial de al-Ras, com agressões regulares há três dias.

As oliveiras são a principal fonte de renda para milhares de lares palestinos, comumente atacadas por colonos ilegais, sobretudo na época da colheita para maximizar os danos e expulsar os camponeses nativos de suas terras.

Oliveiras — resistentes à seca, dando frutos por séculos — são também um símbolo da resistência palestina diante da ocupação militar israelense.

O objetivo, de acordo com Hammad, é construir uma nova estrada entre a área de al-Batin e al-Matwi, no noroeste da aldeia, para facilitar o acesso de colonos; consequentemente, seus crimes de ódio, sob escolta de soldados da ocupação.

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Hammad pediu a autoridades locais, regionais e internacionais que protejam a região dos avanços coloniais, incluindo expropriação de terras.

Tensões na Cisjordânia já precediam os eventos de 7 de outubro, quando o movimento de resistência Hamas cruzou a fronteira entre Gaza e o território designado Israel e capturou colonos e soldados. O ano de 2023 já registrava recordes consecutivos de mortos tanto na Cisjordânia como em Jerusalém.

Israel respondeu à campanha de resistência com bombardeios ininterruptos contra a Faixa de Gaza, totalizando quase 10 mil mortos, além de nova escalada na Cisjordânia, incluindo ao armar colonos radicalizados que agridem e executam civis palestinos.

As ações israelenses equivalem a punição coletiva, genocídio e apartheid, como crimes documentados de guerra e lesa-humanidade.

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