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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel atualiza números de 7 de outubro a três mil infiltrados do Hamas

Combatentes das Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento de resistência Hamas, infiltrados nos assentamentos israelenses no envelope de Gaza, em 7 de outubro de 2023 [Reprodução]

O exército israelense revisou suas estimativas sobre o número de combatentes das Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento de resistência Hamas, que conseguiram atravessar a fronteira e se infiltrar nos assentamentos do envelope de Gaza em 7 de outubro.

“Uma análise atualizada do Comando Sul indica que, na manhã de 7 de outubro, cerca de três mil terroristas do Hamas [sic] se infiltraram em Israel por diversas frentes, estimativa consideravelmente maior que os números iniciais de 1.500 a dois mil agentes”, afirmou o jornal israelense Yedioth Ahronoth.

Segundo o periódico em hebraico, tratava-se de homens armados, não civis.

O uso arbitrário do termo “terrorista” tem cunho ideológico, como esforço de criminalização da resistência e desumanização do povo palestino. Vale notar que a lei internacional prevê a resistência em todas as suas formas como legítima, incluindo a resistência armada.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas não reconhece o Hamas como grupo terrorista, assim como muitos países do mundo — incluindo o Brasil.

A ocupação, em contrapartida, é terminantemente ilegal.

Durante os primeiros dois dias de confrontos, conforme a reportagem, o exército israelense capturou 200 combatentes palestinos e executou outros mil. Um mês após a ação surpresa da resistência palestina, corpos de dezenas de combatentes ainda estão espalhados na área que cerca Gaza.

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O abandono dos corpos é provável tática de intimidação militar, à medida que o exército de Israel protela sua remoção há semanas.

Em 7 de outubro, combatentes da resistência palestina cruzaram a fronteira ao território considerado Israel — ocupado durante a Nakba ou “catástrofe”, mediante limpeza étnica, em 1948. A ação resultou na captura de colonos e soldados como prisioneiros de guerra.

A chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa culminou de meses de recordes de agressão colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar contra a Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel lançou bombardeios indiscriminados contra os 2.4 milhões de civis em Gaza, além de intensificar seu cerco militar — sem comida, sem água, sem energia elétrica ou combustível.

Ao promover sua agressão, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu o povo palestino como “animais”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegou a evocar uma “guerra santa” contra as “crianças das trevas”.

Neste entremeio, o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, notório por declarações racistas pró-limpeza étnica, aprovou medidas para armar os colonos.

Na Cisjordânia ocupada e em cidades árabes ou mistas em Israel, colonos intensificaram ataques aos cidadãos palestinos e suas propriedades, sob escolta militar.

Na Faixa de Gaza, ao menos 9.061 palestinos morreram devido aos bombardeios de Israel, incluindo 3.760 crianças e 2.326 mulheres. Outras 32 mil pessoas ficaram feridas, além de 2.060 desaparecidos sob os escombros — dos quais, 1.120 crianças.

As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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