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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel demole 17 casas históricas na Cisjordânia ocupada

Trator israelense destrói estruturas agrárias na chamada Área C, na região de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, em 25 de agosto de 2021 [Hazem Bader/AFP via Getty Images]

Tratores do exército israelenses demoliram nesta quarta-feira (1°) dezessete casas históricas no sul da Cisjordânia ocupada, à medida que a atenção global se concentra no genocídio do Estado colonial sionista na Faixa de Gaza.

Hassan Brijiyeh, diretor do Comitê de Resistência ao Muro e aos Assentamentos na cidade de Belém, reiterou que as casas eram construções de pedra de ao menos 200 anos.

Colonos, escoltados por soldados israelenses, foram responsáveis pela demolição.

O caso ocorreu na aldeia palestina de Shushahla, situada perto do bloco de assentamentos ilegais de Gush Etzion, no triângulo entre Jerusalém, Belém e Hebron (Al-Khalil).

A pequena aldeia é habitada por famílias palestinas com raízes ancestrais na região, algumas das quais deslocadas previamente devido à violência colonial.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios ininterruptos a Gaza, em retaliação a uma operação surpresa do movimento de resistência Hamas. O intuito declarado da ofensiva de Israel é expulsar os palestinos de Gaza ao deserto do Sinai.

Ao promover sua agressão, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu o povo palestino como “animais”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegou a evocar uma “guerra santa” contra as “crianças das trevas”.

Neste entremeio, o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, notório por declarações racistas pró-limpeza étnica, aprovou medidas para armar os colonos.

Na Cisjordânia ocupada e em cidades árabes ou mistas em Israel, colonos intensificaram ataques aos cidadãos palestinos e suas propriedades, sob escolta militar.

Na Faixa de Gaza, ao menos 9.061 palestinos morreram devido aos bombardeios de Israel, incluindo 3.760 crianças e 2.326 mulheres. Outras 32 mil pessoas ficaram feridas, além de 2.060 desaparecidos sob os escombros — dos quais, 1.120 crianças.

Além do enorme índice de baixas e deslocamento, os 2.4 milhões de palestinos em Gaza sofrem escassez crítica de insumos básicos, devido ao cerco imposto por Israel. As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Diretor da ONU em Nova York denuncia genocídio em Gaza ao pedir demissão

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