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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israelenses ameaçam atear fogo em família palestina

Protesto pró-Palestina pede cessar-fogo imediato em Gaza, no centro de Londres, em 28 de outubro de 2023 [Mark Kerrison/In Pictures via Getty Images]

Uma família palestina foi atacada nesta quarta-feira (1°) por israelenses que cercaram sua casa, na região de Wadi Ara, na cidade de Harish, no território considerado Israel — isto é, ocupado durante a Nakba ou “catástrofe” de 1948, mediante limpeza étnica.

Aos gritos de “Morte aos árabes”, “Vão embora, animais” e “Voltem a Gaza”, os colonos ameaçaram atear fogo à família, reportou a rede Arab48.

A família, segundo os relatos, buscou refúgio na casa de um parente em Wadi Ara, após a polícia israelense invadir seu apartamento para despejá-los arbitrariamente.

O incidente coincide com uma escalada de agressões coloniais instigadas por declarações racistas do governo israelense, em meio a sua agressão a Gaza.

No sábado (28), centenas de extremistas israelenses conduziram um ataque a estudantes palestinos nos dormitórios do Colégio Técnico de Netanya, na região central do território designado Israel, ameaçando a segurança no campus.

Ao menos 30 alunos palestinos — que detém cidadania “árabe-israelense” — tiveram de se trancar nos quartos à medida que a turba radicalizada tentava romper as barreiras, também aos gritos de “Morte aos árabes”. As imagens do incidente viralizaram online.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios ininterruptos a Gaza, em retaliação a uma operação surpresa do movimento de resistência Hamas. O intuito declarado da ofensiva de Israel é expulsar os palestinos de Gaza ao deserto do Sinai.

Ao promover sua agressão, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu o povo palestino como “animais”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegou a evocar uma “guerra santa” contra as “crianças das trevas”.

Neste entremeio, o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, notório por declarações racistas pró-limpeza étnica, aprovou medidas para armar os colonos.

Na Cisjordânia ocupada e em cidades árabes ou mistas em Israel, colonos intensificaram ataques aos cidadãos palestinos e suas propriedades, sob escolta de soldados e policiais. Cidadãos “árabe-israelenses” são 20% da população do país.

Em Gaza, mais de 8.796 pessoas morreram devido aos bombardeios de Israel, incluindo 3.648 crianças e 2.290 mulheres. Outras 22.219 pessoas ficaram feridas, além de 2.030 desaparecidos — dos quais, 1.120 crianças.

Além do enorme índice de baixas e deslocamento, os 2.4 milhões de palestinos em Gaza sofrem escassez crítica de insumos básicos, devido ao cerco imposto por Israel. As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Israel demole 17 casas históricas na Cisjordânia ocupada

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