O número de mortos entre os palestinos de Gaza devido aos bombardeios de Israel excedeu 9.061 vítimas, após quase um mês de ataques incessantes contra a população civil da região costeira, confirmou o Ministério da Saúde do governo local nesta quinta-feira (2).
Entre as vítimas estão 3.760 crianças e 2.326 mulheres, além de 32 mil feridos,
informou Ashraf al-Qudra, porta-voz do ministério, em coletiva de imprensa realizada na Cidade de Gaza. Estima-se que há outras 2.060 pessoas presas sob os escombros.
“Os ataques israelenses mataram 135 médicos e destruíram 25 ambulâncias”,
acrescentou al-Qudra. Além disso, mais de cem instalações de saúde foram alvejadas por Israel desde o início da escalada em 7 de outubro.
“Cerca de 16 hospitais e 32 centros de cuidados primários foram forçados a fechar as portas devido à agressão israelense e à falta de combustível”,
reiterou al-Qudra.
O oficial alertou para uma “catástrofe sanitária” devido à escalada israelense, à medida que Gaza fica sem remédios, insumos e combustível para os geradores dos hospitais. Médicos e enfermeiros relatam que as condições os obrigam a conduzir operações nos corredores dos hospitais, até mesmo sem anestesia.
Ao promover o cerco absoluto a Gaza — sem comida, sem água, sem energia elétrica ou combustível —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos do pequeno território mediterrâneo como “animais”.
O principal gerador do Hospital Indonésio no norte de Gaza parou de funcionar. O gerador do Hospital al-Shifa, maior complexo médico da região, na Cidade de Gaza, está diante do colapso.
O exército israelense expandiu sua ofensiva por terra e ar contra a Faixa de Gaza no último fim de semana, após deflagrar seus mais intensos bombardeios ao território costeiro em 7 de outubro, em retaliação a uma operação surpresa do movimento Hamas.
As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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