Membros das forças de segurança da Autoridade Palestina (AP), que operam na Cisjordânia ocupada, deram 24 horas ao presidente Mahmoud Abbas para anunciar ações abrangentes contra o massacre executado por Israel na Faixa de Gaza, ao prometer “desobediência, sem aplicação de quaisquer instruções”
Em nota, os profissionais de segurança instaram Abbas a assumir uma posição clara contra a ocupação e contra as declarações do “criminoso Blinken”, em alusão à visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que manteve seu apoio incondicional à agressão de Israel.
Dezenas de membros dos serviços de segurança — comumente usados para conter a resistência palestina na Cisjordânia, em nome de Israel — prometeram uma rebelião declarada, anunciando seus nomes, caso Abbas não aja imediatamente.
A ação efetivamente revogaria um dos alicerces dos Acordos de Oslo, assinado em 1993, que fundaram a Autoridade Palestina conforme cooperação de segurança com o Estado de Israel.
Em 29 de outubro, Israel escalou sua agressão contra os 2.4 milhões de civis na Faixa de Gaza sitiada ao deflagrar sua invasão por terra.
Desde 7 de outubro, são 9.770 palestinos mortos em Gaza, incluindo 4.800 crianças e 2.550 mulheres, além de mais de 30 mil feridos e milhares de desaparecidos sob os escombros — provavelmente mortos.
Neste fim de semana, uma fonte de segurança israelense chegou a se vangloriar de 20 mil mortos no território sitiado.
Na Cisjordânia ocupada, são 151 mortos — somados a recordes desde janeiro — e 2.080 presos arbitrariamente, sob repressão sistêmica e sucessivos pogroms a cidades e aldeias.0
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