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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Palestino de Gaza é morto após ser preso pelas forças de Israel

Majed Ahmed Zaqoul (32), palestino de Gaza, trabalhava em Israel quando foi preso, sem acusação ou julgamento, em retaliação pelas ações do movimento Hamas em 7 de outubro [Reprodução/X]

Um cidadão palestino preso arbitrarimente por Israel após a ação surpresa do movimento Hamas em 7 de outubro faleceu na prisão de Ofer, confirmou a Comissão de Assuntos dos Prisisoneiros e o Clube dos Prisioneiros Palestinos — órgãos que registram as violações de direitos humanos contra os prisioneiros políticos nas cadeias de Israel.

Majed Ahmed Zaqoul (32), palestino de Gaza, trabalhava no território considerado Israel — ocupado via limpeza étnica, durante a Nakba ou “catástrofe”, em 1948 — quando foi preso, junto de “milhares” de concidadãos detidos sem sequer acusação, como forma de punição coletiva.

Sua família ainda está em Gaza, sob cerco absoluto e ataques aéreos ininterruptos.

“As autoridades da ocupação israelenses encobriram o assassinato de Zaqoul até o último minuto, quando então a confirmaram através da imprensa”, declarou o comunicado nesta segunda-feira (6).

Zaqoul conseguiu se mudar para a Cisjordânia há três anos, a fim de trabalhar e buscar tratamento adequado a seu câncer. Era casado e tinha um filho.

LEIA: Israel prende 2.080 palestinos na Cisjordânia desde 7 de outubro

“A ocupação não somente assassinou Zaqoul, como escondeu seu corpo até dois dias atrás, quando confirmaram a soltura de dois trabalhadores, um da penitenciária de Ofer, outro do campo de detenção de Anatot. Suas identidades permanecem desconhecidas. Outro mártir tampouco teve a identidade revelada”.

Conforme “testemunhos horríveis” de trabalhadores devolvidos a Gaza há dois dias, via travessia de Kerem Shalom, Zaqoul sofreu abuso sistemático, similar aos casos de Omar Omar Daraghmeh e Arafat Hamdan, mortos sob tortura no último mês, em custódia de Israel.

Palestinos de Gaza na Cisjordânia e do território designado Israel sofrem perseguição e prisão endêmica, receosos sobre suas famílias presas na faixa costeira, devido ao cerco militar e aos bombardeios ininterruptos da ocupação.

Israel tampouco confirma o número de presos, muito menos nomes, locais de detenção e condições de saúde, apesar de demandas e denúncias de entidades relevantes.

A morte de Majed Ahmed Zaqoul — possivelmente sob tortura — eleva o número de palestinos mortos nas cadeias de Israel desde 1967 a ao menos 240 casos conhecidos.

LEIA: Além de Gaza: Israel impõe crimes hediondos aos presos palestinos na Cisjordânia

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