Estudantes da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) organizaram um novo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, ao publicar uma carta em repúdio ao genocídio perpetrado por Israel contra a Faixa de Gaza sitiada.
O bloco discente manifestou sua solidariedade ao povo palestino, com intuito de arrecadar doações a serem enviadas a Gaza, diante da crise humanitária causada pelos bombardeios israelenses desde 7 de outubro.
Desde então, Gaza permanece sob cerco absoluto — sem comida, água, energia elétrica ou combustíveis —, além de ataques aéreos incessantes e uma ofensiva por terra.
Mais de dez mil pessoas foram mortas — quase metade, crianças —, além de 30 mil feridos e milhares de desaparecidos sob os escombros.
O Comitê pede ao governo brasileiro de Luiz Inácio Lula da Silva um posicionamento mais efetivo sobre a crise, ao reivindicar o retorno do embaixador em Tel Aviv para consultas, a fim de avaliar a possibilidade de ruptura de relações.
Em escala internacional, reivindica um “cessar-fogo imediato”, a fim de viabilizar o socorro humanitário e a libertação dos prisioneiros de guerra em custódia do Hamas.
As doações podem ser entregues na FESPSP, rua General Jardim, 522, Vila Buarque, em São Paulo. Os produtos aceitos são farináceos (trigo, milho etc.), feijão, grão de bico, arroz, leite em pó, óleos e alimentos enlatados.
Leia a seguir, a Carta Aberta de Solidariedade ao Povo Palestino:
“Nós, estudantes da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, movidos pelo sentimento de repulsa contra o genocídio do povo palestino de Gaza, principalmente crianças e mulheres, e pelo sentimento de compaixão pelos sofrimentos indescritíveis dessas pessoas, organizamos um Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino.
O objetivo do Comitê consiste em arrecadar doações para que possam ser enviadas a Gaza, em face da situação desesperadora e cruel que a população está submetida. Por isso, apelamos a todas e todos, mas principalmente à Comunidade Fespiana — estudantes, ex-estudantes, corpo docente, diretores e diretoras, conselheiros e conselheiras e corpo de servidores e colaboradores — para que façam doações para que se possa atenuar essa situação que aflige milhões de pessoas em todo o mundo.
Cobramos ainda do governo brasileiro uma posição mais dura de condenação do genocídio e revindicamos que o embaixador brasileiro em Israel seja chamado de volta para consultas a respeito da possibilidade de rompimento de relações diplomáticas com o Estado israelense.
É preciso exigir um cessar-fogo imediato visando o fim do genocídio, a viabilização da ajuda humanitária para os habitantes de Gaza e a libertação dos reféns pelo Hamas.
Comitê de Estudantes da FESPSP de Solidariedade ao Povo Palestino
São Paulo, novembro de 2023”.
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