Os Estados Unidos confirmaram nesta terça-feira (7) que não apoiam uma “reocupação” da Faixa de Gaza sitiada, após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarar que seu regime tomaria “total responsabilidade de segurança” pelo território palestino.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Em termos gerais, não apoiamos a reocupação de Gaza, tampouco Israel”, alegou Vedant Patel, vice-porta-voz do Departamento de Estado, em coletiva de imprensa. “O secretário [Antony] Blinken foi bastante claro sobre isso durante suas viagens”.
Patel observou, no entanto, que Washington concorda com a ocupação israelense de que “não há como retornar ao status quo anterior a 6 de outubro”.
“Israel e a região devem estar seguros e Gaza não deve e não pode mais ser uma base de ataques terroristas [sic] ao povo de Israel”, acrescentou Patel, em referência a um ataque surpresa do movimento de resistência Hamas, em 7 de outubro, que cruzou a fronteira e capturou soldados e colonos.
Os comentários de Patel serviram de resposta a uma série de perguntas sobre a retórica beligerante adotada por Netanyahu, durante uma coletiva de imprensa particularmente tensa.
Na segunda-feira (6), preconizou o premiê: “Israel terá, por tempo indeterminado, total responsabilidade de segurança” sobre Gaza, após concluir sua campanha de extermínio contra Gaza, sob o pretexto de combater o Hamas.
Entre 7 de outubro e 7 de novembro, Israel matou ao menos 10.328 pessoas, entre as quais 4.237 crianças e 2.719 mulheres, além de dezenas de milhares de feridos e outras milhares sob os escombros — provavelmente mortas. Ao menos 1.270 crianças estão desaparecidas.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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