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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Trabalhadores portuários de Barcelona interrompem envio de armas a Israel

Porto de Barcelona [Loop Images/Universal Images Group via Getty Images]

Trabalhadores do porto de Barcelona, na Espanha, anunciaram sua recusa em permitir que quaisquer barcos com carregamento de armas operem nas instalações locais, ao denunciar as ações de extermínio perpetradas por Israel nos territórios palestinos ocupados.

Em nota, a associação da categoria reiterou que a Organização das Nações Unidas (ONU) vem fracassando em exercer seu papel de maneira eficaz.

Segundo o comunicado, é dever da categoria defender a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em um momento no qual Estados signatários parecem ter se esquecido de seus compromissos vinculativos.

“Decidimos, dentro de nossa associação, não permitir que navios com materiais de guerra operem em nosso porto, com o único propósito de proteger populações civis, não importa sua localidade, dado que não há justificativa para seu sacrifício”, destacou a nota.

Os trabalhadores reivindicaram um cessar-fogo imediato em Gaza, ao acusar a liderança das Nações Unidas de negligência contrária a sua responsabilidade para com a paz, a segurança e o direito humanitário internacional.

Na semana passada, sindicatos belgas do setor de transportes também convocaram seus membros a não realizar carga e descarga de armamentos enviados a Israel.

“Com um genocídio em curso na Palestina, trabalhadores de diversos aeroportos da Bélgica veem armas partindo para a zona de conflito. Carregar e descarregar essas armas auxilia na capacidade de organizações de matar pessoas inocentes”, declarou o comunicado.

O governo em Bruxelas se recusou a confirmar ou declinar o envio de armamentos através do país ao Estado ocupante.

LEIA: Sindicatos de transportes na Bélgica se recusam a enviar armas a Israel

“Nós, entidades sindicais ativas no setor de manuseio, chamamos os membros a não mais realizarem carregamentos a voos com materiais militares a Israel e Palestina, assim como ocorreu com consenso claro e regras estabelecidas no começo do conflito entre Rússia e Ucrânia”, acrescentou o apelo das organizações belgas.

Ambos os chamados se somam a protestos que reúnem centenas de milhares de pessoas há semanas, em cidades da Europa, Oriente Médio, Ásia e Américas, em apoio aos palestinos e contra os bombardeios de Israel.

Gaza está sob ataques israelenses desde 7 de outubro, em retaliação a uma campanha de resistência do grupo Hamas que atravessou a fronteira e capturou colonos e soldados. As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

São mais de dez mil mortos até então, além de milhares sob os escombros e 30 mil feridos.

Solidariedade internacional

No porto de Tacoma, no estado de Washington, no oeste dos Estados Unidos, cerca de 300 manifestantes conduziram uma ação de 12 horas para impedir a saída de uma embarcação militar com destino a Israel.

O barco MV Cape Orlando foi utilizado previamente nas guerras do Iraque e Afeganistão.

Os ativistas marcharam em círculos, com bandeiras palestinas e cartazes reivindicando “Cessar-fogo já” e “Resistência até o retorno”.

O mesmo barco passou previamente por Oakland, na Califórnia, onde manifestantes impediram sua saída por nove horas na sexta-feira (3).

As ações na costa oeste se somam a protestos massivos em várias cidades americanas, com destaque aos protestos de judeus antissionistas na Estação Grand Central de Nova York, aos pés da Estátua da Liberdade e em frente à Casa Branca, na capital Washington DC.

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