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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Em Gaza, 90% da água potável está inacessível aos palestinos

Palestinos enchem baldes com água do mar devido à crise hídrica resultante dos ataques de Israel, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, 29 de outubro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

Cerca de 90% da água potável na Faixa de Gaza está inacessível à população, advertiram as autoridades responsáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou ao menos 108 ataques à infraestrutura hídrica do enclave sitiado.

Durante coletiva de imprensa em Beirute, Basem Naim, porta-voz do grupo Hamas, afirmou: “Alertamos contra a situação catastrófica em curso em Gaza”. Segundo o relato, a população tem de recorrer a fontes contaminadas e água do mar, com grave risco de epidemias.

Naim responsabilizou a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) pela catástrofe humanitária, particularmente, no que se refere aos residentes da Cidade de Gaza e das regiões setentrionais.

Segundo seu alerta, a agência cumpriu as demandas da ocupação, abandonou postos e negligenciou deveres vinculativos sobre centenas de milhares de pessoas, deixadas sem abrigo, comida, água ou cuidados médicos.

A agência tem mandato sobre 70% dos refugiados de Gaza.

Israel mantém ataques por ar e terra sem precedentes a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas. Mais de dez mil pessoas foram mortas pelos bombardeios de Israel — ao menos quatro mil crianças.

O território está também sob cerco absoluto — sem água, comida, energia elétrica ou combustível. Ao promover sua campanha, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais”.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: O uso da água como arma por Israel contra a Palestina não é apenas um movimento estratégico, é um crime contra a humanidade

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