Cerca de 90% da água potável na Faixa de Gaza está inacessível à população, advertiram as autoridades responsáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou ao menos 108 ataques à infraestrutura hídrica do enclave sitiado.
Durante coletiva de imprensa em Beirute, Basem Naim, porta-voz do grupo Hamas, afirmou: “Alertamos contra a situação catastrófica em curso em Gaza”. Segundo o relato, a população tem de recorrer a fontes contaminadas e água do mar, com grave risco de epidemias.
Naim responsabilizou a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) pela catástrofe humanitária, particularmente, no que se refere aos residentes da Cidade de Gaza e das regiões setentrionais.
Segundo seu alerta, a agência cumpriu as demandas da ocupação, abandonou postos e negligenciou deveres vinculativos sobre centenas de milhares de pessoas, deixadas sem abrigo, comida, água ou cuidados médicos.
A agência tem mandato sobre 70% dos refugiados de Gaza.
Israel mantém ataques por ar e terra sem precedentes a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas. Mais de dez mil pessoas foram mortas pelos bombardeios de Israel — ao menos quatro mil crianças.
O território está também sob cerco absoluto — sem água, comida, energia elétrica ou combustível. Ao promover sua campanha, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais”.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.