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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Reladora da ONU diz que a “pausa humanitária” de quatro horas de Israel em Gaza é cĩ́nica e desumana

Francesca Albanese discursa sobre a Questão da Palestina na Câmara do Conselho de Tutela das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Estados Unidos, em 18 de maio de 2018 [Atilgan Ozdil/Anadolu Agency/Getty Images]

Francesca Albanese, Relatora Especial sobre Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, criticou a proposta de Israel de implementar uma “pausa humanitária” diária de quatro horas nas operações militares no norte de Gaza, permitindo que os civis se desloquem para o sul, descrevendo-a como “altamente cínica e desumana”.

“Tem havido bombardeios contínuos, 6.000 bombas toda semana na Faixa de Gaza, nesse pequeno pedaço de terra onde as pessoas estão presas e a destruição é enorme. Não haverá como voltar atrás depois do que Israel está fazendo com a Faixa de Gaza”, disse Albanese na sexta-feira.

“Portanto, quatro horas de cessar-fogo, sim, para deixar as pessoas respirarem e se lembrarem do som da vida sem bombardeios antes de começar a bombardeá-las novamente. É muito cínico e cruel”.

Isso ocorre depois que os militares israelenses e a Casa Branca anunciaram ontem que Israel concordou em permitir pausas diárias de quatro horas no norte da Faixa de Gaza para que os palestinos possam fugir.

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De acordo com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, disse: “Os israelenses nos informaram que não haverá operações militares nessas áreas durante a pausa e que esse processo está começando hoje”. Ele classificou as pausas como um “primeiro passo” positivo para aliviar a crise humanitária de Gaza, marcando “passos na direção certa”.

O acordo para implementar as pausas, cujos horários seriam anunciados por Israel três horas antes, veio depois de “um grande envolvimento do governo [do presidente Joe Biden] para tentar garantir que a assistência humanitária pudesse entrar e as pessoas pudessem sair com segurança”, disse Kirby.

Israel tem bombardeado Gaza repetidamente em resposta a um ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, no qual homens armados mataram 1.400 pessoas e fizeram cerca de 240 reféns. As autoridades palestinas disseram que 10.812 residentes de Gaza haviam sido mortos até quinta-feira, cerca de 40% deles crianças. Os críticos dizem que os apelos devem insistir em um cessar-fogo, não em uma “pausa” na matança.

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Palestina: quatro mil anos de história
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