O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA), Jens Laerke, declarou: “Se hoje existe um inferno na terra, o seu nome é norte de Gaza.”
Suas observações foram feitas em uma conferência de imprensa realizada por Laerke, na sexta-feira (10), no escritório da ONU em Genebra, na Suíça.
Laerke falou sobre a deterioração da situação humanitária na sitiada Faixa de Gaza, que foi submetida a uma devastadora agressão israelita durante 35 dias.
Ele destacou que a entrada de caminhões de ajuda da ONU ao sul de Gaza é limitada, referindo-se à área com maior população.
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O porta-voz da ONU acrescentou: “Não podemos conduzir para o norte neste momento, o que é, obviamente, profundamente frustrante, porque sabemos que há várias centenas de milhares de pessoas que permanecem no norte”.
“Se hoje existe um inferno na terra, o seu nome é norte de Gaza”, expressou ele, acrescentando: “É uma vida de medo durante o dia e escuridão à noite, e o que dizem aos seus filhos em tal situação? É quase inimaginável – que o fogo que eles veem no céu esteja pronto para matá-los.”
Nos últimos 35 dias, o exército de ocupação israelense lançou uma agressão contra Gaza, durante a qual destruiu bairros residenciais sobre as cabeças dos seus residentes. Mais de 10.812 palestinos foram martirizados, incluindo 4.412 crianças e 2.918 mulheres e mais de 26 mil feridos. Segundo fontes oficiais, 183 palestinos foram martirizados e 2.280 presos na Cisjordânia.
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