Taxa de pobreza na Palestina aumentou 20% após bombardeios

Crianças palestinas seguram panelas depois de receberem comida preparada por um palestino chamado Hayri Abdulkarim, pois as pessoas têm dificuldade de acesso aos alimentos devido aos contínuos ataques israelenses no campo de refugiados de Nuseirat em Deir al-Balah, Gaza, em 8 de novembro de 2023. [Doaa Albaz/Agência Anadolu]

Em um mês de bombardeios, a taxa de pobreza em todo território ocupado da Palestina aumentou 20%. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) da região, incluindo a Cisjordânia, caiu 4,2%. Os cálculos são do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental.

Cerca de 390 mil pessoas ficaram desempregadas no estado ocupado. Mais de 5,4 milhões de pessoas vivem na região, segundo o Escritório de Estatística da Autoridade Nacional Palestina.

Se a guerra continuar pelo segundo mês consecutivo, a taxa de pobreza pode afetar um terço da população, chegando a 34%, e empurrar mais meio milhão de pessoas para a linha de pobreza.

Além disso, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) pode ter um atraso de até 16 anos na Cisjordânia, e na Faixa de Gaza de até 19 anos.

LEIA: Reladora da ONU diz que a “pausa humanitária” de quatro horas de Israel em Gaza é cĩ́nica e desumana

Desde 7 de outubro, quase 1,5 milhão de pessoas das cerca de 2,2 milhões que vivem em Gaza sobrevivem em deslocamentos internos. Praticamente metade das residências foram destruídas ou danificadas.

Segundo o levantamento, a recessão econômica deve agravar ainda mais a situação humanitária.

No estudo, o Pnud pede cessar-fogo imediato e a libertação de todos os reféns feitos pelo Hamas no dia 7 de outubro.

Publicado originalmente em Agência Brasil

Sair da versão mobile