A mortalidade no Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, devido à falta de energia elétrica, chegou a 20 vítimas, incluindo seis bebês prematuros, reportou nesta segunda-feira (13) Mohamed Abu Slima, diretor do maior centro médico do território sitiado.
“Seis bebês prematuros e nove feridos que estavam na unidade de terapia intensiva (UTI) morreram hoje devido ao blecaute”, relatou Abu Slima. Sete pacientes que dependiam de assistência para sobreviver morreram neste domingo (12).
“Todos morreram devido à recusa israelense em permitir que combustível chegue ao hospital”, reiterou o médico. “Há ainda 33 bebês prematuros em risco aqui”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ontem oferecer combustível ao hospital, mas sem anuência do movimento Hamas. Seus comentários contradizem negativas prévias sob pretexto de que o centro médico seria base militar do grupo palestino, acusação sem substância usada como justificativa para atacar instalações civis.
Suas falas são parte da campanha de desinformação que acompanha o genocídio em Gaza, incluindo esforços de desumanização e demonização dos 2.4 milhões de palestinos.
Ao promover seu cerco contra a Faixa de Gaza, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos locais como “animais”. Netanyahu chegou a convocar uma “guerra santa” contra as “crianças das trevas”.
Israel mantém bombardeios contínuos contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 11.180 mortos até então, dentre os quais 4.609 crianças e 3.100 mulheres, além de quase 30 mil feridos. Milhares estão desaparecidos sob os escombros.
Ao menos 22 hospitais e 49 centros de saúde deixaram de operar em Gaza devido aos bombardeios e ao bloqueio militar perpetrado pelas forças ocupantes.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.