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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Fabricantes de armas israelenses deixam estandes vazios em feira de Dubai

Feira Aérea de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em 13 de novembro de 2023 [Christopher Pike/Bloomberg via Getty Images]

Estandes de fabricantes de armas israelenses ficaram vazios no primeiro dia da Feira Aérea de Dubai, nesta segunda-feira (13), em meio ao genocídio perpetrado por Tel Aviv contra a Faixa de Gaza sitiada.

Não há confirmação até então da razão pela qual as equipes das Indústrias Aeroespaciais de Israel (IAI) e Sistemas de Defesa Avançada Rafael não compareceram aos estandes, perto de um pavilhão da companhia militar emiradense EDGE.

A IAI e a EDGE assinaram uma série de programas conjuntos na última edição do evento, em 2021. Nenhuma das empresas respondeu a contatos da agência Reuters sobre sua ausência. O estande da IAI estava fechado com cordões vermelhos.

Havia equipes em um estande da sucursal local da companhia israelense Elbit Systems; contudo, um dos corretores se recusou a falar com a imprensa.

No fim de semana, países árabes e muçulmanos instaram a comunidade internacional a suspender a venda de armas a Israel devido aos mortos que se acumulam em Gaza, sob invasão e bombardeios, que deflagrou tensões nas capitais regionais.

A Elbit Systems registrou sua sucursal emiradense em 2021, com intuito de firmar uma cooperação de longo prazo com o exército da monarquia. Nas últimas semanas, a filial expressou publicamente seu apoio às ações de Israel.

Um homem em vestes tradicionais emiradenses oferecia café àqueles que visitavam o estande da Elbit Systems, também próximo do pavilhão da EDGE.

Corporações israelenses participam abertamente de eventos e conferências nos Emirados desde 2020, quando o Estado do Golfo e a ocupação normalizaram laços sob os chamados Acordos de Abraão, promovidos pelos Estados Unidos.

Segundo fontes, os Emirados desejar mantem os laços diplomáticos, apesar da pressão doméstica e internacional sobre o genocídio em Gaza.

Os Emirados se tornaram a mais proeminente nação árabe a firmar relações com Israel em três décadas. O acordo rompeu com a política panárabe que condiciona a normalização ao estabelecimento de um Estado palestino.

O acordo envolveu o Bahrein, que retirou o embaixador de Tel Aviv e rompeu laços comerciais com Israel devido ao massacre em Gaza.

O vice-presidente emiradense Mansour bin Zayed al-Nahyan participou presencialmente da cúpula extraordinária da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), que resultou no apelo pelo embargo de armas a Israel.

Israel mantém bombardeios contínuos contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 11.180 mortos até então, dentre os quais 4.609 crianças e 3.100 mulheres, além de quase 30 mil feridos. Milhares estão desaparecidos sob os escombros.

Ao menos 22 hospitais e 49 centros de saúde deixaram de operar em Gaza devido aos bombardeios e ao bloqueio militar perpetrado pela ocupação israelense contra os 2.4 milhões de habitantes do território palestino.

Ao promover o cerco, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Grupos de direitos palestinos apresentam ação no TPI contra Israel por “genocídio” em Gaza

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