O Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou neste domingo (12) para o risco iminente à saúde de milhares de mulheres grávidas e recém nascidos na Faixa de Gaza sitiada, sem comida, água, medicamentos, combustível e cuidados obstétricos.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Em meio às hostilidades, cerca de 50 mil mulheres grávidas continuam em Gaza. Mais de 180 delas dão à luz diariamente e milhares devem parir nas próximas semanas”, alertou a agência na rede social X (Twitter).
“Sua saúde, e a de seus bebês recém nascidos, depende de acesso a alimentos, água, remédios, combustível e cuidados médicos”, acrescentou.
Na sexta-feira (10), a agência advertiu que mais da metade dos hospitais de Gaza e dois terços dos centros de cuidado primário já deixaram de funcionar devido aos ataques de Israel. Ao menos 53 ambulâncias foram danificadas.
O exército israelense ordenou a evacuação de todos os 13 hospitais na Cidade de Gaza e no norte do território costeiro, mas muitos pacientes não têm condições de deixar as unidades. Os médicos reivindicam seu juramento para se manter onde estão.
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A viagem pode levar até oito horas, à medida que Israel mantém bombardeios a rotas de fuga, campos de refugiados e mesmo abrigos.
As Nações Unidas reconhecem que não há lugar seguro em Gaza.
Israel mantém bombardeios contínuos contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 11.180 mortos até então, dentre os quais 4.609 crianças e 3.100 mulheres, além de quase 30 mil feridos. Milhares estão desaparecidos sob os escombros.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.