Houve aumento grave na incidência de doenças dermatológicas e respiratórias em Gaza, sob cerco militar e bombardeios de Israel — inclusive contra infraestrutura médica e sanitária —, reiterou nesta segunda-feira (13) Kazem Abu Khalaf, porta-voz da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).
Abu Khalaf observou que infecções pulmonares atingem primeiro as crianças, então se propagam, com ao menos 55 mil casos devido à superlotação dos abrigos para pessoas deslocadas pelo massacre israelense, incluindo hospitais e instalações da UNRWA.
Mais de 13 mil casos de doenças de pele foram registrados devido à falta de água potável, à medida que Israel mantém o corte no fornecimento aos 2.4 milhões de palestinos em Gaza, que se veem obrigados a recorrer a fontes contaminadas.
Abu Khalaf confirmou aumento drástico nos casos de difteria entre crianças com menos de cinco anos, resultando em grave desidratação. Entre janeiro e setembro, foram registrados dois mil casos; desde 7 de outubro, são 33 mil casos.
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Israel mantém bombardeios incessantes a Gaza desde 7 de outubro, com 11.240 mortos até então — entre os quais 4.630 crianças e 3.130 mulheres —, além de 30 mil feridos. Milhares estão desaparecidos sob os escombros.
Milhares de edifícios civis — incluindo hospitais, escolas, mesquitas, igrejas, abrigos e instalações sanitárias — foram danificados ou destruídos pelos ataques da ocupação.
Israel insiste ainda em um cerco absoluto à população civil — sem comida, água, remédios, eletricidade ou combustível. Ao promover sua violenta campanha, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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