Tanques de guerra israelenses buscam avançar na Cidade de Gaza após quase 40 dias de massacre ao enclave mediterrâneo, sob a cobertura de drones e aeronaves militares que abrem fogo a qualquer coisa que se mova nas ruas e vielas.
Seu movimento continua restrito nos arredores do Hospital al-Shifa, maior complexo de saúde da Faixa de Gaza, embora tente prosseguir em direção à praça Saraya.
Imagens divulgadas pelas Brigadas al-Qassam, braço armado do grupo Hamas, mostram tanques a metros de distância do cruzamento entre as ruas al-Jalaa e Omar al-Mukhtar.
Segundo testemunhas, os tanques atravessaram a rua al-Nasr, oeste de Gaza, seguindo caminho pelo lado leste, em meio a disparos violentos.
Os tanques tomaram controle de uma área estreita de 1.5 km da rua al-Rashid, ao sul, até os arredores do Hospital Al-Quds, no bairro de Tel al-Hawa, chegando a Beit Lahia.
Os soldados israelenses cruzaram também o campo de refugiados de al-Shati, após sitiá-lo a partir do bairro de al-Nasr.
Israel detém controle sobre a linha divisória entre a Cidade de Gaza e a área central, na via Karama, mas não conseguiu avançar além, devido a confrontos esparsos e eventuais com a resistência palestina.
O exército israelense ordenou que todos os residentes do oeste de Gaza deixem a região e sigam na direção leste até o Estádio de Yarmouk, ao passo que mantém o cerco a centenas de palestinos no bairro al-Remal.
Combates continuam em Beit Hanoun, próximo à travessia de fronteira de Erez, junto ao território designado Israel, apesar da cidade ter sido destruída logo nos primeiros dias do massacre israelense.
As forças ocupantes confirmaram que dois soldados foram mortos e outros quatro ficaram feridos no norte de Gaza. São 50 soldados mortos até então e 350 feridos, contra milhares de baixas civis no lado palestino.
Israel mantém bombardeios contínuos contra Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma operação de resistência do movimento Hamas que atravessou a fronteira e capturou colonos e soldados.
São 11.180 palestinos mortos até então, dentre os quais 4.609 crianças e 3.100 mulheres, além de quase 30 mil feridos. Milhares estão desaparecidos sob os escombros.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.