Colonos ilegais sob a escolta de soldados israelenses destruíram nesta terça-feira (14) redes hídricas em Khirbet al-Tha’la, além de soltar seus rebanhos em terras palestinas em Khirbet Qawawis, em Masafer Yatta, ao sul de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada.
Rateb al-Jabour, coordenador do Comitê Nacional e Popular contra o Muro e os Assentamentos no sul de Hebron, reportou a agressão por parte de colonos dos assentamentos de Mitzpeh Yair e Avigayil.
Os colonos soltaram ovelhas, destruíram ao menos 20 amendoeiras e arrancaram cercas em torno da propriedade, pertencente à família al-Na’ameneh.
Soldados da ocupação invadiram ainda a aldeia de Beit Amra, a oeste de Yatta, para revistar arbitrariamente residências das famílias Da’is e Rashid. Seus pertences foram vandalizados.
Segundo al-Jabour, residentes da região — sob sucessivos pogroms conduzidos por Israel — confrontaram também colonos que tentavam asfaltar uma rodovia de uso exclusivamente judaico perto de um assentamento, na noite de segunda-feira (14).
Desde 7 de outubro, Israel intensificou seus esforços repressivos contra o povo palestino, em retaliação a uma operação surpresa do grupo Hamas que cruzou a fronteira e capturou cerca de 240 colonos e soldados.
LEIA: Colonos israelenses destroem 70 oliveiras antigas na Cisjordânia
Desde então, forças israelenses detiveram mais de dois mil palestinos na Cisjordânia — a vasta maioria sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.
Israel mantém bombardeios incessantes a Gaza desde 7 de outubro, com 11.240 mortos até então — entre os quais 4.630 crianças e 3.130 mulheres —, além de 30 mil feridos. Milhares estão desaparecidos sob os escombros.
Milhares de edifícios civis — incluindo hospitais, escolas, mesquitas, igrejas, abrigos e instalações sanitárias — foram danificados ou destruídos pelos ataques da ocupação.
Israel insiste ainda em um cerco absoluto à população civil — sem comida, água, remédios, eletricidade ou combustível. Ao promover sua violenta campanha, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.