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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Aval do congresso britânico a genocídio em Gaza prova cumplicidade, denuncia ong

Protesto por cessar-fogo em Gaza reúne centenas de milhares em Londres, em 4 de novembro de 2023 [Amy A-D]

A Organização Árabe para Direitos Humanos no Reino Unido (AOHR-UK) reiterou que o voto do parlamento britânico pela continuidade da guerra de extermínio conduzida por Israel em Gaza representa uma vergonha nacional e contradiz a vontade popular, após milhões saírem às ruas de todo o país reivindicando um cessar-fogo.

Nesta quarta-feira (15), a câmara votou pela continuidade da agressão, alinhado à posição do regime ultraconservador do premiê Rishi Sunak, em violação do direito internacional, à medida que Israel mantém ataques a instalações civis sob pretexto de “autodefesa”.

A seguir, comunicado da entidade, publicado original em inglês em seu site oficial:

“Apesar de entrar no segundo mês de uma guerra de extermínio, com enorme número de vítimas, incluindo mulheres e crianças, e imagens chocantes de destruição divulgadas pela mídia, como pequenos corpos de crianças sob escombros, carbonizados e mutilados, com milhares de desabrigados e ataques a escolas e hospitais, nada disso bastou para mudar a posição do governo britânico.

Nosso governo é historicamente responsável pelas tragédias que recaem ao povo palestino desde a Declaração Balfour, sob o Mandato Britânico na Palestina, que permitiu às gangues sionistas que ocupassem a terra após cometerem dezenas de massacres.

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O povo palestino esperava de nosso parlamento que corrigisse seus erros históricos. Entretanto, preferiu manter seu apoio a Israel em todos os níveis.

A AOHR-UK enviou uma carta ao novo ministro de Relações Exteriores, David Cameron, para reafirmar que o Reino Unido tem de cessar seu apoio ao ocupante e seus crimes de guerra e de lesa-humanidade, dado que resultará em responsabilização legal de oficiais parceiros das violações”

A AOHR-UK relembra ainda ao novo chanceler de suas palavras em 2010, quando rejeitou o cerco a Gaza, ao descrever a região como campo de concentração, ao confirmar a ocupação israelense como fonte de toda a violência na região.

A AOHR-UK pede ao novo ministro que corte o envio de armas a Israel e revogue todos os contratos, dado que tais armas são usadas em uma guerra de extermínio na Faixa de Gaza. Exige ainda o indiciamento dos perpetradores e o impedimento a cidadãos binacionais de que viajem a Israel para servir ao exército ocupante em sua campanha genocida.

A carta inclui declarações do Ministro da Defesa [Grant Shapps], ao ser questionado pelo congresso em 13 de novembro, confirmando que há forças aéreas britânicas na região do mar Mediterrâneo, realizando espionagem em favor de Israel, como perigoso avanço em suporte direto aos crimes da ocupação.

A AOHR-UK clama ao povo britânico que continue firme e não se afete pela posição do governo e pelo voto do parlamento e mantenha sua pressão a todos os congressistas e oficiais de governo para que cessem seu apoio a Israel”.

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Israel mantém uma violenta ofensiva contra a Faixa de Gaza sitiada desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação surpresa do movimento Hamas que atravessou a fronteira e capturou cerca de 240 colonos e soldados.

Israel matou mais de 11.500 pessoas em 40 dias, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, além de 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e entidades internacionais denunciam a catástrofe humanitária em Gaza. Lideranças ocidentais, no entanto, mantêm seu apoio incondicional à ocupação. As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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