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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel explode e destrói prédio do legislativo palestino em Gaza

Destroços deixados pelos bombardeios israelenses na Cidade de Gaza, em 8 de novembro de 2023 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

O exército da ocupação israelense realizou uma demolição calculada do prédio do Conselho Legislativo Palestina em Gaza, confirmou o jornal em hebraico Yedioth Ahronoth. A explosão foi executada pelas Brigadas Golani nesta quarta-feira (15).

Na terça-feira (14), o exército anunciou tomar controle de diversos prédios públicos na Cidade de Gaza, incluindo a sede da polícia e do legislativo.

Ao demolir o parlamento civil, Israel alegou que o prédio era utilizado para “fins militares” pelo movimento palestino Hamas; contudo, sem provas.

Israel matou mais de 11.500 pessoas em 40 dias, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, além de 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

Ataques contra instalações civis

O mesmo pretexto foi utilizado para justificar a invasão militar ao Hospital al-Shifa, maior complexo de saúde do território costeiro, ainda cercado por tanques e franco-atiradores mesmo após soldados deixarem seu interior.

Apesar de propagandear-se como “exército mais moral do mundo”, forças israelenses explodiram um armazém de remédios e insumos dentro do hospital.

“Tropas  que invadiram o complexo na madrugada não encontraram reféns, muito embora reivindicassem informações sobre prisioneiros israelenses em al-Shifa”, admitiu a televisão israelense na noite de quarta-feira.

LEIA: ‘Exército mente’, demonstra vídeo da invasão israelense a hospital de Gaza

Forças israelenses invadiram o Hospital al-Shifa em torno das 2h00 (00h00 GMT), ao lançar bombas de fumaça no pronto-socorro e nos centros de internação, após seis dias de cerco.

Então revistaram e vandalizaram o pronto-socorro, salas de cirurgia e departamentos de

cuidados especializados. Pacientes, profissionais e refugiados foram rendidos, vendados,

despidos e interrogados no pátio leste.

Israel alega conduzir uma “operação precisa e calculada” contra al-Shifa, sob o pretexto de que a instalação abriga combatentes do movimento Hamas. Fontes em campo, entretanto, confirmam que civis que tentaram deixar o local foram baleados à queima-roupa.

Os líderes israelenses, todavia, se negaram a apresentar qualquer evidência para suas ações contra o centro médico — que constituem crime de guerra sob a lei internacional.

Após mais de 15 horas dentro do Hospital al-Shifa, soldados exibiram somente um punhado de armas supostamente encontradas dentro do complexo, sem qualquer sinal de reféns ou líderes da resistência palestina.

O Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo advertiu para a duração incomum da operação, ao indicar risco de que as tropas coloniais estivessem “montando um cenário” para encobrir crimes de guerra.

Segundo a ong, o impedimento de que quaisquer oficiais de saúde, imprensa ou agentes internacionais estejam presentes no centro médico durante o ataque “alimenta receios e dúvidas sobre qualquer narrativa posteriormente divulgada”.

LEIA: Israel recusa troca de prisioneiros e trégua humanitária em Gaza, afirma Hamas

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