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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Líder da oposição italiana reivindica fim do envio de armas a Israel

Ex-primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, durante coletiva de imprensa em Roma, 16 de maio de 2020 [Gabinete de Governo da Itália/Agência Anadolu]

O líder do partido oposicionista italiano Movimento 5 Estrelas (M5S) e ex-primeiro-ministro, Giuseppe Conte, reivindicou do atual governo na Itália, chefiado pela premiê de ultradireita Giorgia Meloni que suspenda a exportação de armamentos a Israel, ao criticar sua “falta de coragem” em denunciar a guerra em Gaza.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“Suspenda imediatamente o envio de armas a Israel”, declarou Conte ao parlamento nesta quarta-feira (15), durante sessão sobre a crise no Oriente Médio. “Para fazer isso é preciso, basta uma coisa que lhe falta: coragem”.

O discurso de Conte foi direcionado ao vice-premiê e ministro de Relações Exteriores, Antonio Tajani, ao que redarguiu agressivamente: “Os covardes estão em outro lugar”.

Conte referiu-se especificamente à “atitude covarde” do governo em Roma adotada em 27 de outubro ao abster-se de uma resolução sobre uma trégua humanitária em Gaza, votada na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Meloni — conhecida por declarações racistas contra imigrantes — defendeu a abstenção. “De todas as posições possíveis é a mais equilibrada”.

Israel mantém uma violenta ofensiva contra a Faixa de Gaza sitiada desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação surpresa do movimento Hamas que atravessou a fronteira e capturou cerca de 240 colonos e soldados.

Israel matou mais de 11.500 pessoas em 40 dias, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, além de 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e entidades internacionais denunciam a catástrofe humanitária em Gaza. Lideranças ocidentais, no entanto, mantêm seu apoio incondicional à ocupação. As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: A América do Sul diante do genocídio palestino

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