A Companhia de Telecomunicações da Palestina (Paltel) anunciou nesta quinta-feira (16) um blecaute total de seus serviços na Faixa de Gaza sitiada, incluindo internet, devido ao fim de suas reservas de combustível.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Lamentamos confirmar que todos os serviços de telecomunicações em Gaza estão fora de operação dado que todas as fontes de energia que sustentavam a rede se esgotaram e que não se permite ainda a entrada de combustível”,
declarou o grupo em nota.
Em nota à parte, a Ooredoo Palestine, outra empresa do setor que opera em Gaza, ecoou a crise: “Lamentamos anunciar a nossos consumidores e a nossa comunidade a suspensão de nossos serviços no sul e em algumas partes do norte de Gaza, devido ao fim das reservas de combustível”.
No começo da semana, o ministro da Comunicação da Palestina, Yitzhak Sidr, fez um apelo ao Egito para ativar serviços de roaming e disponibilizar postos de telecomunicações perto da fronteira com Gaza.
Sidr previu no domingo (12) que os serviços seriam interrompidos nesta quinta, ao alertar para o agravamento do desastre humanitário à população de Gaza.
Israel mantém bombardeios e cerco absoluto contra Gaza desde 7 de outubro — sem água, comida, energia elétrica ou combustível.
Ao promover sua campanha, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos em Gaza como “animais”.
Israel matou mais de 11.500 pessoas em 40 dias, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, além de 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e entidades internacionais denunciam a catástrofe humanitária em Gaza. Lideranças ocidentais, no entanto, mantêm seu apoio incondicional à ocupação.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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