Estudantes em toda a Espanha conduziram nesta quinta-feira (16), pela segunda vez, uma greve acompanhada de atos públicos em apoio ao povo palestino, especificamente contra genocídio perpetrado por Israel na Faixa de Gaza.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Estudantes do ensino médio e superior tomaram as ruas em 38 cidades, incluindo Barcelona, Valência, Sevilla, Málaga, Bilbao, Zaragoza e Madri.
Na capital, manifestantes cantaram
“Pare o genocídio”, “Israel assassino” e “Vida longa à luta do povo palestino”.
Aida Gonzalez, estudante, criticou políticos por não agirem: “Estamos aqui para exigir atos em vez de palavras”.
Victoria Belen, também estudante, acusou governos a União Europeia de cumplicidade com o “genocídio” do povo palestino. Belen lamentou que mesmo o governo “mais progressista” da história da Espanha, hoje no poder, tenha alegado não poder agir.
“Como estudantes, dizemos basta! Basta de genocídio!”,
acrescentou Belen.
A embaixada de Israel emitiu uma nota difamando os estudantes como “antissemitas” — alegação comum para buscar deslegitimar os protestos crescentes contra o genocídio e a colonização nos territórios palestinos ocupados.
Em 27 de outubro, os estudantes espanhóis realizaram sua primeira greve contra a guerra israelense a Gaza, ao prometer manter as ações por um cessar-fogo.
Israel mantém bombardeios e cerco absoluto contra Gaza desde 7 de outubro — sem água, comida, energia elétrica ou combustível.
Ao promover sua campanha, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos em Gaza como “animais”.
Israel matou mais de 11.500 pessoas em 40 dias, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, além de 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e entidades internacionais denunciam a catástrofe humanitária em Gaza. Lideranças ocidentais, no entanto, mantêm seu apoio incondicional à ocupação.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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