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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Fome e doenças são inevitáveis em Gaza, alerta ONU

Sob bombardeios israelenses, mulher tenta acender uma fogueira em um campo da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina, em Khan Yunis, em Gaza, em 15 de novembro de 2023 [Bilal Khaled/Agência Anadolu]

Surtos de doenças e fome generalizada parecem “inevitáveis” em Gaza, após semanas de bombardeios israelenses ao território costeiro densamente povoado, alertou Volker Turk, alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Em breve informe na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, nesta quinta-feira (16), Turk reafirmou que o fim das reservas de combustível tem um impacto “catastrófico” à população civil.

“Levará ao colapso dos sistemas de esgoto, saúde e fim da escassa ajuda humanitária atualmente fornecida”, reiterou Turk. “Surtos massivos de fome e doenças infecciosas parecem inevitáveis”.

Nas redes sociais, Turk observou que uma paz duradoura é impossível sem encerrar as persistentes violações de direitos humanos.

“Alertas de meu escritórios e outros sobre violações de direitos humanos ao longo de anos foram ignorados, não apenas em Israel e nos territórios palestinos ocupados, mas também por Estados com influência sobre os agentes da crise”, comentou Turk. “Isso precisa mudar para que o conflito seja resolvido a longo prazo”.

Turk denunciou os bombardeios israelenses a Gaza como “de uma intensidade raramente testemunhada neste século” e expressou preocupação sobre a escalada na violência e na discriminação contra os palestinos da Cisjordânia e de Jerusalém.

“Da maneira como vejo, tudo isso cria uma situação potencialmente explosiva, e desejo ser claro: estamos muito, muito além de um primeiro aviso. Estou soando o alarme o mais alto possível sobre o que está acontecendo na Cisjordânia ocupada”.

“Múltiplas e profundas violações da lei humanitária internacional, não importa por quem, exigem investigação aprofundada e responsabilização abrangente”, insistiu Turk, contudo, sem citar Israel nominalmente.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra a Faixa de Gaza, deixando 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, e 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Como Israel está empurrando a Faixa de Gaza para a fome

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